O Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua é celebrado em 19 de agosto. A data é alusiva à memória de pessoas de rua que se foram, mas também comemora os avanços alcançados desde então, e a contínua luta pela garantia de direitos. Macaé, tem avançado na contribuição de políticas públicas de atenção e proteção social à população em situação de rua. Só este ano já atendeu mais de 3.500 pessoas de janeiro até agora.
– Vale destacar que a partir das diretrizes do prefeito Welberth Rezende, democrático e participativo, estamos vivenciando no município uma nova etapa de ações concernentes e adequadas à população que vive em situação de rua. A secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade (SDSDHA) tem trabalhado no sentido de criar políticas públicas para essas pessoas, para que elas possam ser reinseridas à sociedade e retornem para suas famílias –, ressaltou o secretário Fabrício Afonso.
A Política Nacional para a População em Situação de Rua, instituída pelo Decreto nº 7.053 de 23 de dezembro de 2009, define população de rua como “o grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória”.
De acordo com Jorge Ramos, coordenador da Proteção Social Especial de Média Complexidade do Município, a data deve ser lembrada. “É uma data muito marcante, para que nós possamos lembrar o nosso papel social de reinserir essas pessoas na sociedade. Nós que lidamos com as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade, não poderíamos deixar a data passar em branco. Nossa referência é o Centro Pop que vem cumprindo o seu papel aqui em Macaé”, disse.
Através do Centro de Referência e de Serviços Especializados (Centro Pop), o trabalho de acolhimento e referenciamento dessas pessoas em situação de rua é feito diariamente, com o propósito de oferecer um espaço de referência para o convívio grupal, social, de relações de solidariedade, afetividade e respeito à pessoa em situação de rua. O Centro, que atendeu mais de três mil e duzentas pessoas em 2021, teve um acréscimo de 20% no atendimento dos últimos meses, por causa da recessão e desemprego do país.
As pessoas em situação de rua referenciadas no Centro Pop têm diariamente o café da manhã, almoço e lanches, além do espaço que utilizam para o banho e lavar suas roupas. “Durante este tempo contamos com uma equipe completa para o oferecimento desses serviços. Nossa meta é sempre promover dignidade e aumento da autoestima a essas pessoas”, completou Leonardo Cultura, atual coordenador do Centro.
Por que o dia de luta – Foi em 2004, entre os dias 19 e 22 de agosto, que ocorreu o então conhecido “Massacre da Sé”, talvez um dos dias mais violentos na vida da população em situação de rua. Nessa data, 15 pessoas que utilizavam o espaço da Praça da Sé em São Paulo, como moradia improvisada foram brutalmente atacadas na calada da noite, resultando em 7 mortos e 8 feridos gravemente.
Serviço do Centro Pop (Das 8h às 17h):
Café da manhã – 8h; Banho e lavagem de roupas – 8h30; Almoço (quentinhas) – 11h30; Lanche – 14h; Banho – 16h; Agendamento para emissão de RG – Todas as segundas feiras, pela manhã; Corte de cabelo – Todas as quartas e sextas-feiras, pela manhã. O encaminhamento para cadastramento no CadÚnico e o atendimento psicossocial é diário.
Comunicação SDSDHA.
Jornalista Lourdes Acosta DRT/MTE 911 MA.
