Apresentação acontece nesta quinta-feira (21), a partir das 20h
O cantor Otto chega a Macaé para fazer um super show. A apresentação acontece na quinta-feira (21), no Teatro do Sesi Macaé, onde rola em seus palcos uma programação com ótimas atrações artísticas. O pernambucano traz o show da turnê Ottomatopeia, disco lançado em julho de 2017. O ingresso custa o valor de R$ 34 (inteira), e a classificação etária e de 16 anos.
“Ottomatopeia” é o álbum mais maduro de sua carreira, composto por canções inéditas e autorais; profundas, que tratam de humanidade, tempos sociais difíceis, amor e vida São Paulo. Após cinco anos de seu último lançamento autoral, o cantor Otto tem seu trabalho produzido por Pupillo (Nação Zumbi), e com participações especiais de Roberta Miranda, Céu, Manoel Cordeiro, Felipe Cordeiro, Andreas Kisser e Zé Renato o novo trabalho é considerado pelo cantor o mais completo lançado por ele até hoje.
“Ottomatopeia”
O cantor esclarece que o álbum “Ottomatopeia” é composto por 11 faixas, sendo dez autorais e inéditas, contando com uma versão única da música “Meu Dengo”, de Roberta Miranda, que divide, especialmente, o vocal com o cantor em dueto inédito. Já “Carinhosa” é o resultado da primeira parceria entre Otto e Zé Renato, um dos grandes compositores brasileiros.
“Ottomatopeia” teve inspirações diversas, que atravessam continentes e épocas. O rock como sonoridade e comportamento; a África e a sua cultura ancestral; o romantismo alemão; o trabalho do fotógrafo japonês Araki Nobuyoshi; tortura política; e o mundo contemporâneo são alguns dos elementos que permearam o pensamento do artista para a criação conceitual. Otto aborda sentimentos e vida; fala dos tempos sociais difíceis, o que caracteriza humanidade ao álbum. “Algumas composições são tão profundas que a compreensão, na verdade, é de quem escuta. Mas geralmente falo de coisas contemporâneas, e o amor continua sendo o tema principal. Por meio do amor vou abrangendo tudo, e falando sobre a vida”, explica.
Estes elementos associados ao tempo em que levou para ser finalizado – os cinco anos em que não apresentou novidades -, atribuem amadurecimento ao álbum. “Acredito que este seja o mais completo, se comparado com os anteriores. Desde a minha criação até a produção de Pupillo, a harmonia de poesia e música, tudo parece estar mais maduro. As interpretações de cada música estão muito viscerais e verdadeiras. Me passa a impressão de algo genuinamente pronto, o que me causa extrema alegria e satisfação”, completa.
A captação do conteúdo teve como base o estúdio Red Bull Station, em São Paulo, além dos estúdios de Pupillo (também em São Paulo) e Audio Rebel (Rio de Janeiro). As cordas, por sua vez, foram gravadas no Recife.
Otto
Ex-percussionista da primeira formação da Nação Zumbi e do Mundo Livre S/A (com quem gravou os dois primeiros discos), Otto saiu dos fundos dos palcos para trazer o ousado Samba pra Burro à tona. Otto nasceu no município de Belo Jardim, no Agreste Pernambucano. Saiu de Pernambuco em 1989 para passar dois anos na França, tocando percussão nas ruas e no metrô de Paris. Na volta, aportou no Rio de Janeiro e chegou a animar o som de uma gafieira ao lado de Jovelina Pérola Negra.
Do Rio de Janeiro, Otto rumou para o Recife, quando conheceu duas pontas de lança do movimento manguebeat: Chico Science e Fred Zero Quatro.
Nessas idas e vindas, absorvendo as correntes, nascia seu estilo. Sempre embalado pelo som de influências locais (não só do Recife como de todo o Brasil), começou a interessar-se pela música eletrônica. Resgatando ritmos brasileiros e fundindo-os ao som eletrônico, raiz e modernidade somaram-se em Samba pra Burro, numa dobradinha que acentuou-se quando se mudou de Recife para São Paulo. Foi saudado pela imprensa como autor de um trabalho inventivo e estimulante, numa colagem de maracatu com drum’n’bass, forró com rap. Algumas melodias remetem às cantigas de roda. O disco foi escolhido pela Associação Paulista de Críticos de Arte como o melhor de 1998.
Bebel Gilberto, Fred Zero Quatro (do Mundo Livre S/A) e Erasto Vasconcelos (irmão de Naná Vasconcelos) participaram da estreia solo de Otto. O som de Otto já embalou uma festa dos integrantes do Oasis, em Londres. Poucos meses depois de cair no circuito, as músicas de Samba pra Burro também foram parar no som de lojas norte-americanas, como as dos estilistas Gianni Versace e Prada.
Em 1999, tocou ao lado de Tom Zé no Heineken Concerts, em São Paulo. Dois anos depois, Otto lançou seu segundo álbum, intitulado Condom Black, que apresentou um som “mais orgânico” sem deixar a eletrônica de lado. O novo trabalho também levou a assinatura de Apollo 09 na produção Apresenta o programa Minha Vida É a Minha Cara ao lado da atriz Hermila Guedes, no canal por assinatura FashionTV Brasil. É integrante do Movimento Humanos Direitos.