Roda de conversa vai abordar a reafirmação do magistério e a situação dos professores na atualidade
As experiências dos professores do Sindicato dos Professores (Sinpro) de Macaé e Região foram compartilhadas com os estudantes do curso de licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), campus Macaé. A professora e diretora executiva, Guilhermina Rocha, esteve na última segunda-feira (11), em uma roda de conversa onde repassou a realidade do magistério no cenário atual da educação. O encontro aconteceu no Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Sócio-Ambiental de Macaé (Nupem), onde o Sindicato fez também o lançamento da campanha nacional “Apagar o Professor, é apagar o futuro”.
Possibilitar o papel de protagonismo do docente, as condições a que são submetidos, bem como as conquistas que a categoria apresentou na região é uma das funções do Sindicato. “Só podemos mudar a realidade de uma profissão se conhecermos profundamente quais são os desafios que ainda precisam ser vencidos. Repassar estas informações tornam estes futuros professores conscientes do seu papel não só profissional, mas também enquanto categoria. Esta organização precisa ser fortalecida para resistirmos a qualquer retrocesso a ser imposto a nós”.
De acordo com o professor, Alexandre Fernandes Corrêa, que ministra a disciplina Fundamentos Sociológicos da Educação, esta troca de experiências e vivências é imprescindível para que o acadêmico não deixe a universidade sem uma noção do que encontrará em sua atuação cotidiana. “Precisamos muito desses depoimentos de professores que já atuam no mercado de trabalho. É uma forma de junção entre a formação e a profissionalização. Desejo muito que isso se torne uma prática em todos os semestres”. Atualmente, o contato que o estudante tem com a prática acontece por meio do estágio supervisionado.
Campanha
A campanha “Apagar o professor é apagar o futuro” foi lançada no ano passado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee). O objetivo é alertar sobre o rebaixamento da formação, fechamento de licenciaturas, permissão para lecionar a pessoas com “notório saber”, magistério tratado como “bico”, desvalorização. Isso sem falar nas tentativas de censurar e amordaçar docentes.