O ramo offshore vem sendo cada vez mais procurado, haja vista a atual retomada do setor. Na contramão de quem pensa que os homens é que dominam as funções, principalmente em plataformas, as mulheres, cada vez mais, vêm conquistando seus espaços na área.É o caso da brasileira Rhaiza Fernandes de Souza, de 32 anos, moradora de Rio das Ostras, na Baixada Litorânea do Rio de Janeiro.
Ela é a única mulher Irata n3 Blade Repair (acesso por cordas) da América do Norte e do Sul. No mundo todo, apenas três mulheres exercem a mesma função. Rhaíza, entre as três, é a mais velha no ramo de Irata n3 Blade Repair.
A trajetória
E não pensem que foi fácil chegar onde ela chegou. Foi tudo com muito esforço, dedicação, trabalho, distância da família e a coragem de encarar inúmeros desafios até mesmo fora do Brasil. Nascida na cidade de Alegre, no Espírito Santo, Rhaíza Fernandes sempre teve o sonho de atuar no setor offshore. Em 2009, após o falecimento do pai, mudou-se para Campos dos Goytacazes, na região Norte Fluminense do Rio de Janeiro. Em 2010, deu o pontapé inicial, fazendo todos os cursos necessários para atuar na área.
Após conseguir entrar em uma empresa, Rhaíza conheceu alguns iratas (escaladores). Pouco tempo depois, foi para Recife, no Pernambuco, Em Porto de Galinhas, Estaleiro atlântico sul onde participou da construção da P-62 (plataforma offshore). A partir daí, começou a se interessar pelo Irata (acesso por cordas), fez o curso e, atualmente, exerce a função de Irata n3 (acesso por cordas).
Após a conclusão das obras em Recife, Rhaíza foi para Macaé, a Capital Nacional do Petróleo, onde trabalhou em uma das principais empresas do ramo offshore do município, a UTC Engenharia, durante cinco anos. Na empresa, gostou muito da área. Começou como Irata 1, fez o curso para o nível 2. Posteriormente, trabalhou na Aker Solutions, também em Macaé. Tornou-se Supervisora de Acesso Nível 3, que é o nível máximo. Foi ai também que surgiu outro sonho: atuar na área eólica.
Rhaíza é estudante de Engenharia Elétrica e conseguiu atuar, como Supervisora, em uma empresa em Minas Gerais, onde foi convidada a criar um projeto para que a empresa atuasse no setor eólico.
Rhaíza teve coragem e se arriscou. Partiu para o ramo de eólica, depois também de muita dedicação e esforço ao fazer os cursos exigidos.
Da noite para o dia, tudo mudou. Mudou mesmo. Rhaíza Foi para o Uruguai, onde trabalhou com torres eólicas, onde exerceu a função de Supervisora L3 Blade Repair. Assim que os contratos com as empresas foram encerrados, Rhaíza veio para o Brasil e, posteriormente para o México. Atualmente, ela está se mudando para o Estados Unidos, onde pretende realizar negócios e concluir mais sonhos.
Por site Notícias Macaé