A Petrobras aposta na dinamização das atividades de óleo e gás na Bacia de Campos, com os investimentos previstos pela companhia e com a entrada de novas empresas na região. A Bacia de Campos se encontra em fase de declínio na produção. O plano de negócios da estatal prevê US$ 13 bilhões até 2025, sobretudo para a revitalização de campos de petróleo na bacia.
Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a região produziu, em junho, 720 mil barris/dia de óleo, remontando a patamares próximos aos do fim da década de 1990.
Em nota à imprensa, a empresa cita também que, com o programa de desinvestimentos da companhia, outras seis petroleiras passaram a atuar na região, com perspectivas de alavancar a produção e, assim, “gerar maior retorno para a sociedade por meio de tributos, royalties, participações especiais, empregos e dividendos”.
Segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), quatro das empresas que compraram ativos na região já apresentaram planos de desenvolvimento que somam R$ 13,2 bilhões em investimentos na Bacia de Campos.
Ao todo, a Petrobras já obteve cerca de US$ 3,7 bilhões com a venda de ativos na Bacia de Campos – incluindo a alienação de 50% do campo de Tartaruga Verde e Espadarte e os desinvestimentos nos campos de Frade, Polo Pampo, Polo Enchova e Polo Pargo.
A Petrobras cita que já investiu na Bacia de Campos, nos últimos dez anos US$ 53 bilhões, colocando em operação mais de 270 poços, além de dez novos sistemas de produção.
Dentro do plano de negócios 2021-2025, a companhia vai instalar, na região, três novas plataformas: duas no campo de Marlim – com capacidade de produzir, juntas, 150 mil barris/dia de petróleo – em 2023; e uma unidade para 2024 para o complexo integrado do Parque da Baleias, com potencial de produzir sozinha 100 mil barris/dia de óleo.
As duas novas plataformas de Marlim permitirão a ampliação da produção das jazidas até 2048. As plataformas estarão interligadas a 77 poços (14 novos e 63 que serão remanejados de Unidades de Produção que serão descomissionadas).
Por André Ramalho – Valor