Primeira a ser ouvida no mês de junho na CPI da Covid, a imunologista Nise Yamaguchi prestará depoimento ao colegiado nesta terça-feira (1°), a partir das 9h, e o principal foco das perguntas dos parlamentares deve ser a defesa feita pela médica do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para combater a Covid-19.

A especialista foi um nome cotado em diversas ocasiões no ano passado para assumir o Ministério da Saúde, quando se tornou figura pública depois de colaborar com o Palácio do Planalto em estudos e movimentos técnicos relacionados ao possível protocolo do uso desses medicamentos no tratamento do coronavírus.

Integrantes da CPI afirmam que Nise será confrontada sobre uma reunião na qual teria sido discutida a alteração da bula da cloroquina para que o remédio pudesse ser usado no tratamento da Covid-19. Segundo o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, Nise participou da reunião e apoiou a mudança.

Na quarta-feira (2), a CPI deve promover um debate com médicos sobre o uso de medicamentos na resposta ao coronavírus. A previsão é de que participem o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Clovis Arns da Cunha; a presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Zeliete Zambon; o especialista em Infectologia pelo Hospital Emílio Ribas, Francisco Eduardo Cardoso Alves; e o neurocirurgião Paulo Porto de Melo.

Na semana passada, a comissão aprovou a reconvocação do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e de seu antecessor, o general Eduardo Pazuello. Também foi decidida a convocação de nove governadores em exercício do mandato e do ex-governador do Rio, Wilson Witzel.

Mgid