Com a instalação no mundo de uma grande guerra contra o Covid-19, levando as autoridades sanitárias a recomendar uma série de cuidados para tentar diminuir o impacto de vítimas fatais que vão sendo somadas e não se sabe quando haverá limite para evitar a morte, a não ser quando uma vacina conseguir dizimar o mal, os atores políticos também entraram no regime de quarentena e “sumiram” dos abraços e apertos de mãos para evitar o contágio. Mas muitos estão na onda do sistema digital e realizando lives para enviar aos que os escutam e veem, as promessas de campanha que, antes, em outros tempos, eram feitas em palanque armado nas ruas e posteriormente nos trios elétricos que foram se multiplicando.
Mas como faltam cerca de 40 dias para que as homologações partidárias nas convenções se realizem e possam aprovar o lançamento das pré-candidaturas até agora colocadas na lista dos muitos que pretendem a eleição para vereador ou para prefeito, a “pressão” sobre o eleitorado vai aumentando, a pressão subindo até que o fogo amigo consiga o convencimento da maioria, objetivo final para chegar ao poder.
Mas nesses 40 dias que faltam para as convenções, as costuras nos bastidores continuam fazendo algumas surpresas para muitos e tirando o fôlego de outros que plantavam para colher bons frutos mas vão sendo atropelados pelas articulações de coligações partidárias, lembrando que elas não valem para a eleição proporcional, colocando um fim no “voto Tiririca”. O partido que conseguir o maior número de votos e atinja o quociente eleitoral, leva o mais votado para o Poder Legislativo. A surpresa maior esta semana, ficou por conta de Dr. Aluízio, que anuncia a sua chapa puro sangue no PSDB com Celio Chapeta indicado para a sucessão. Será que, igual a Lula, ele consegue eleger “um poste”? As apostas estão feitas.
Legado e experiência
Para os nativos macaenses que há mais de 50 anos ainda continuam respirando os ares da antiga Macaé quando o abastecimento de água era feito pelo manancial de Atalaia (poucos vão lembrar disso), até que o então prefeito Elias Agostinho, fez convênio com o governo estadual e, a partir daí, passamos a ter dores de cabeça para ter uma distribuição eficiente e atendendo toda a população, vão lembrar que o advogado e macaense Claudio Moacyr de Azevedo, em 1966, quebrou o ciclo político dos poderosos.
Eleito prefeito em 1966, pelo então MDB contra fortes adversários da Arena, no epicentro do regime militar, enfrentou um enorme alagamento da cidade com o transbordo do Rio Macaé após um período de chuva forte e longa. Costurou sua carreira profissional defendendo a maioria dos perseguidos pela revolução de 64, inclusive, absolvendo no Tribunal Militar 12 oficiais do Exército, elevando ainda mais seu conceito e liderança.
De lá para cá, eleito deputado estadual em 1970, ainda sem Petrobras na cidade, conseguiu suplantar os opositores e fez chegar à prefeitura em 1972, o conhecido “Bicho Velho”, Alcides Ramos. Em 1976, foi a vez do médico Carlos Emir Mussi, na gestão 77/82, porém, ele concorreu a deputado em 80 e o vice Nacif Salim Selem virou prefeito tampão até 1982 quando Alcides Ramos voltou à prefeitura até 1988 com enorme aprovação pela austeridade e com poucos recursos (ele não acreditava muito nos royalties), e apoiou o empresário Silvio Lopes que, a partir de 1989, passou a mudar a cara da cidade, deixando marcas incomparáveis como legado, até hoje obras lembradas pela população antiga e jovem.
Alcides foi eleito deputado estadual, Claudio Moacyr chegou a presidir a Assembleia Legislativa, Sylvio foi deputado federal, e agora, com mais experiência por ter sido Secretário de Planejamento em duas gestões, formado em engenharia civil, possuir curso de gestão pública e tantas outras qualidades profissionais e de administração, parece que Silvinho Lopes está passando a ser a bola da vez, como pré-candidato, para não só recuperar o legado que está abandonado, como mudar o rumo da cidade que deixa de ser capital nacional do petróleo para ser a de energia. Enfim, o espaço é curto para contar a história em detalhes, mas os leitores certamente terão a memória ativada e vão lembrar dos grandes feitos. Para o que, é necessário experiência, e muita.
PONTADAS
O Banco Central aprovou e deverá estar circulando por aí em agosto, a nova nota de R$ 200,00, identificada com o lobo-guará. Com notas menores, era mais difícil “enfiá-las na cueca”, o que será facilitado com a nova por ser de maior valor e poderá ser levado muita quantia com pouco volume. Para evitar a corrupção, a União Europeia que chegou a criar a nota de 500 Euros, a tirou de circulação exatamente para dificultar o desvio. Mas, como estão “afogando” a Lava Jato por aqui…
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Na sua coluna, o jornalista Carlos Alberto Sardenberg diz que: “O procurador-geral da República, Augusto Aras, quer acabar com a Lava-Jato por excesso de investigação. Disse que os arquivos de Curitiba têm nove vezes mais informações que a Procuradoria-Geral e por isso a Lava-Jato tem que ser contida. Perceberam? Investigar demais é errado. Pior, Aras sugeriu que há excessos, chantagens. Foi a música para os ouvidos dos advogados criminalistas que havia tempo, estavam aborrecidos com as derrotas que tomaram dos procuradores da Lava-Jato”.
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Roberto Barroso, disse que as plataformas e as mídias sociais devem limitar a atuação de robôs, perfis falsos e impulsionamentos ilegais como forma de combater a disseminação de notícias falsas. Segundo o ministro, o Judiciário só consegue combater as fake news de forma pontual, e que o papel principal nessa luta é das plataformas tecnológicas.
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Até domingo