A pandemia ensinou ao Brasil que o pensamento “matemático”, ou seja, o individualismo e a razão chegaram ao fim. Explico: São os profissionais de saúde pública que, como anjos, tentam salvar nossas vidas. E, enquanto não houver uma vacina, a sociedade vai ter que conviver com restrições, máscaras, distanciamento, mas, acima de tudo, com a fé. E fé não é do mundo racional. Fé é divina e não se compra, muito menos se vende. Fé é aquela coisa: “como vai você?” Fé é aquele perfume: “Estou preocupado com você”.
Uma nova era política que, não é a partidária, pediu passagem com o social.
O muro invisível que nos separava caiu. Como sorrir se o vizinho chora uma morte? Como sorrir se o parente chora uma sequela? A máscara nos deu uma mão, a da solidariedade. Só sobrarão os que têm soluções democráticas para a nossa alma. Não existe mais a sua preocupação exclusivista. Existe, agora, a preocupação coletiva. E isto não é balela, olhe para nossa vida!
O desemprego que já assustava antes da pandemia, explodiu. Vem aí mais fome, queda de arrecadação e fechamento de empresas. Mas, junto a esta crise vem a solução: a era da política para as pessoas e não das pessoas.
Portanto, vai ser necessário homens e mulheres com um único perfil: se colocar no lugar do outro.
Na verdade, a pandemia trouxe dor. Claro! Mas, trouxe as pautas humanistas. E serão elas que nos farão novamente felizes.
Logo, que não percamos essa chance e essas pessoas. Caso contrário, perderemos a missão da nova década: social.