Estudo organizado pela UFRJ indica que governo municipal agiu rápido ao instituir estratégia de enfrentamento ao Coronavírus
Os decretos municipais que determinam restrições a aglomerações e instituem a política de isolamento social garantem a Macaé maior chance de salvar vidas, na batalha de enfrentamento ao Coronavírus. A eficácia do trabalho técnico conduzido pelo prefeito Dr. Aluízio é comprovada por estudo apresentado pela equipe acadêmica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Sem as ações rígidas, a cidade corria o risco de registrar mais de 1,3 mil mortes provocadas pelo COVID-19.
O estudo “Nota epidemiológica” elaborado pelo Grupo de Trabalho Multidisciplinar para Enfrentamento do COVID-19 da UFRJ aponta que o município agiu certo ao iniciar em março a estratégia de enfrentamento ao contágio local da doença.
“Macaé adotou bastante cedo medidas de mitigação em relação à pandemia do Covid-19. O cenário de restrição mais intensa e precoce pode ser o balizador para a cidade”, registra a nota técnica.
O estudo leva em consideração o comportamento da disseminação do Coronavírus em Macaé, entre o período de 27 de março a 27 de abril, datas que compreendem o dia do primeiro registro da doença na cidade, até o quadro de 103 infectados e 10 óbitos.
A estratégia de enfrentamento ao COVID-19 foi iniciada em Macaé no dia 13 de março, data do primeiro decreto (027) assinado pelo prefeito Dr. Aluízio que já instituía a reserva de 45 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Público Municipal (HPM) para atendimento aos casos graves do Covid-19, além de determinar os primeiros protocolos de Saúde a serem adotadas nas repartições públicas. O primeiro caso do contágio da doença foi registrado 14 dias depois.
Desde então, 21 decretos e uma lei municipal foram instituídas pelo prefeito com objetivo de fortalecer a principal ação de enfrentamento ao Coronavírus: o isolamento social. A utilização de máscaras, a redução da transição de pessoas no comércio e a restrição de acesso a espaços públicos representam as principais medidas adotadas no município, o que representa no estudo o melhor caminho construído por Macaé para evitar o caos.
O estudo indica que as ações restritivas e de isolamento social levam a cidade a previsão de chegar a 302 casos de infecção por Covid-19 com necessidade de internação, e 53 óbitos.
Porém, se não fossem adotadas as ações de enfrentamento ao Coronavírus, Macaé chegaria ao cenário crítico com a infecção de 218 mil, dos 256 mil habitantes, e 1.315 óbitos.
“Poderíamos ter somente no município de Macaé mais de mil mortes. Adotando medidas de higiene e saneamento, bem como distanciamento social, os infectados que precisarem de cuidados médicos poderão ser atendidos minimamente pelo sistema de saúde. Caso contrário, corremos o risco de não poder cuidar de todas as pessoas doentes”, registra o trabalho da UFRJ.
Macaé se prepara para enfrentar fase difícil
Ao iniciar esta semana com o registro de 167 casos do Covid-19, sendo 56 recuperados e 14 óbitos, Macaé fortalece as medidas de enfrentamento ao contágio local do vírus.
Além de estender para o dia 11 de maio o isolamento social no município, o governo realiza a fiscalização de estabelecimentos que não cumprem as regras estabelecidas pelo decreto 062, o que pode gerar a interdição do imóvel e a cassação do alvará de funcionamento.
O prefeito Dr. Aluízio anunciou também a ampliação da rede especializada no atendimento aos pacientes do Covid-19, que conta com o Centro de Triagem dos Pacientes no Posto de Saúde Jorge Caldas, e 70 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Agora, a cidade terá um espaço adequado para acolher pacientes infectados pela doença, com quadro clínico grave, sem condições de cumprir isolamento social em casa.
“Em meio as dificuldades preciso agradecer ao NUPEM-UFRJ pela realização dos testes do Covid-19. Por respeito, por reconhecimento humano e científico e também por gratidão”, registrou o prefeito em sua conta no Twitter.