COVID-19: Como manter a saúde mental em equilíbrio

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Especialista Gláucia Pinheiro dá dicas necessárias no combate ao coronavírus

Diante da pandemia do coronavírus nos últimos dias, estar com a saúde mental equilibrada é imprescindível para se sobressair da melhor forma nesse cenário e, pensando nisso, a psicóloga, psicanalista, Mestre em Educação e Doutoranda em Psicologia, Gláucia Pinheiro, deu dicas para a população macaense.

Uma das recomendações no combate ao vírus, é que as pessoas fiquem dentro de suas casas para evitar o contágio e a propagação do COVID-19. E, neste sentido, apesar de ser necessário respeitar esse tempo de resguardo, manter o equilíbrio requer paciência, já que a vida cotidiana precisa ser modificada.

“Manter a saúde mental em equilíbrio é algo que precisamos na vida cotidiana, ainda mais diante de uma situação de perigo, onde a morte é eminente, pois não sabemos do desconhecido em torno da mesma. Embora a morte seja algo que ronda as nossas vidas sempre, quando acontece situações como essas, o medo de morrer e essa incerteza são muito mais fortes. Então se preservar é necessário. O medo é salutar para a nossa preservação”, ressalta Gláucia.

Em Macaé, inúmeras atividades se foram suspensas através dos decretos assinados pelo prefeito da cidade, Dr. Aluízio, zelando pela saúde e bem estar da população. Com isso, as pessoas estão tendo que se adaptar e, consequentemente, se reinventar, já que muitos estão com suas rotinas paralisadas.

“Esse equilíbrio vai nos possibilitar continuar nesse tempo produtivos, cuidando da própria saúde, da vida e dos seus. A importância é essa, para que a gente possa prosseguir preservando a nossa vida e dos nossos. Mesmo dentro do isolamento, que a gente possa continuar produtivos. Se a gente começa a pirar, se preocupar e ficar sintomático, deixamos de produzir, cuidar e sonhar. Manter esse equilíbrio nos possibilita continuar vivendo e, esse isolamento, provoca mudanças distintas e positivas em cada ser humano”, pontua a especialista.

Apesar de ser sinônimo de angústia e tédio para muitas pessoas, o confinamento social também faz com que questões sejam evoluídas, como intimidade, amorosidade e afeto entre inúmeras famílias e mudanças de hábitos.

“Se manter produtivo é a dica especial e, esse confinamento apesar de ser de extrema angústia, é um momento que nos propõe mudanças, já que muitas situações estão à tona, como a convivência, o contato com os mais próximos, com os laços afetivos, mais intimamente. A nossa casa apesar de um espaço pequeno, é nosso ambiente de segurança e conforto, que faz com que o indivíduo conviva consigo mesmo, com suas angústias e próprias dificuldades”, afirma.

“Uma das coisas mais importantes também para mantermos nossa saúde mental nesses tempos é a informação, mas não o excesso da mesma, buscando informações em canais confiáveis e evitando a disseminação das ‘fake news’. Essa contradição de informações e orientações provoca medos e transtornos”, finaliza.