Motoristas de vans voltam a denunciar atraso no pagamento

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Essa não é a primeira vez que a categoria fica sem receber

De acordo com os relatos, já são dois meses sem receber e as contas só aumentando e os juros crescendo

“Não sabemos mais o que fazer e a quem recorrer. As contas não param de chegar e nossas dividas não param de aumentar. Não temos mais de onde tirar dinheiro nem mesmo para garantir o café da manhã. A situação está cada vez mais difícil”. Esse é o desabafo de um dos motorista que prestam serviço à Prefeitura de Macaé por meio de vans escolar.

Assim como ele, muitos outros estão com os pagamentos atrasados e acumulando dividas. “Todo mundo que trabalha tem o objetivo de receber. Ninguém trabalha por luxo, nem por status e com a gente não é diferente. A gente tem família para alimentar, contas para pagar e as despesas não esperam para chegar”, disse outro motorista.

No mês passado, depois de muito a gente cobrar eles pagaram só o mês de fevereiro. O mês de março continuou devendo. Além do tempo que leva para pagar eles não quitam todos os meses que estão atrasados. Desse jeito está dificil trabalhar. A gente não tem estimulo e nem mesmo de onde tirar para abastecer o carro e fazer as manutenções necessárias. Temos nosso compromisso com as crianças e os pais, mas precisamos que a Prefeitura tenha o compromisso dela com a gente. Como vamos trabalhar se não temos como abastecer?”, questiona outro profissional.

Essa não é a primeira vez que os funcionários entram em contato com o Jornal O Debate para denunciar o descaso da Prefeitura para com a categoria.

Na última vez que foi procurada pela redação do Jornal, no início de abril, a Prefeitura informou por meio da Secretaria de Comunicação apenas que o atraso acontece tendo em vista a necessidade de trâmites burocráticos como a conferência das planilhas de produção enviadas pelas escolas para as quais eles prestam serviço. Segundo o órgão, atualmente, 9 mil alunos são atendidos por vans no transporte escolar. Questionados se havia uma previsão para normalização da situação, a secretaria de Comuniccação informou que não tem como precisar um prazo e que o cumprimento deste procedimento é obrigatório para atender exigências legais inerentes ao processo.

No entanto, o que os profissionais não entendem é porque todos esses trâmites não são resolvidos com antecedência para que eles não sejam prejudicados.