Semana de confronto entre bandidos e Polícia Militar acende alarme para que autoridades de segurança pública reajam para frear o avanço da criminalidade em Macaé
A violência cresce ano a ano e vira um fenômeno sem freio, e os motivos são vários, e as ações de prevenção e combate ao crime parece não surtir o resultado desejado. Desde o último domingo (23) de Carnaval que a cidade de Macaé e Rio das Ostras têm registrado diversos delitos e crimes que parece não ter fim – sem falar dos confrontos entre facções criminosas e Polícia Militar -, onde moradores convivem nesse fogo cruzado.
O jornal O DEBATE relata nesta edição um flash back do que foi noticiado desde o início da semana passada. Um dos crimes foi registrado, na tarde de domingo (23), a qual um adolescente de 16 anos, identificado como Paulo Henrique dos Santos Bruno, morreu durante uma troca de tiros com a Polícia Militar, na Rua7, no bairro Ajuda de Baixo.
Segundo informações, agentes da PM realizavam patrulhamento ostensivo na localidade quando o adolescente efetuou disparos contra os policiais, que revidaram a agressão. O menor foi baleado, sendo socorrido pelos militares e encaminhados para o Hospital Público de Macaé (HPM), onde não resistiu aos ferimentos e morreu.
No mesmo dia, em Rio das Ostras, um entregador de pizza, identificado como Felipe Drumond Tupinambá, de 31 anos, foi executado a tiros em um ponto de ônibus, que fica localizado às margens da RJ-106, próximo a Câmara Municipal de Vereadores.
Segundo informações, Felipe estava sentado aguardando o transporte público quando foi alvejado com um tiro na nuca por dois criminosos que passaram em uma moto atirando. O Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar socorro, mas o rapaz não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Na quarta-feira (26) de cinzas, o clima ficou tenso na comunidade das Malvinas, após morte de um suposto traficante de 17 anos, identificado como Iago Generoso dos Santos. O confronto teria começado por volta das 19h30, entre a Polícia Militar e bandidos, após os militares terem entrado na comunidade para realizar patrulhamento ostensivo na região.
Nessa troca de tiros, um policial, identificado como cabo Santana, do 32º BPM de Macaé, foi baleado na perna esquerda e socorrido pelos agentes militares e encaminhado para o Hospital Público de Macaé (HPM). Na unidade de saúde, houve confusão entre policiais e bandidos, e profissionais do hospital corriam para prestar socorro às vitimas baleadas. Iago Generoso não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde.
Já na quinta-feira (27), por volta das 16h, mais duas vítimas foram baleadas na comunidade do Morubá, localizada próximo a Linha Vermelha, em Macaé. Segundo informações dos moradores, um veículo ocupado por quatro criminosos teria entrado na comunidade e os bandidos começaram a efetuar vários disparos de arma de fogo contra os moradores da região. As vítimas foram socorridas por populares e encaminhadas para o HPM. Até o fechamento desta edição, a unidade de saúde não informou o estado de saúde das pessoas baleadas.
Na manhã de sexta-feira (28), duas pessoas foram baleadas, no bairro Novo Horizonte, quando criminosos em um veículo, modelo Cross Fox, de cor branca, entraram no bairro e efetuaram vários tiros contra as vítimas. Um rapaz foi baleado na perna e no braço. Já o outro foi alvejado de raspão nas costas. Eles foram socorridos pelos moradores e encaminhados para o HPM. Um deles teve alta médica. Na tarde de sexta-feira (28), por volta das 15h, um suspeito foi detido pela Polícia Militar, conduzindo o veículo, modelo Cross Fox, de cor branca, na Avenida Fábio Franco, na Linha Vermelha. Com ele, os policiais encontram uma pistola 9mm, e um revólver calibre 38 e munições. As armas foram encontradas em baixo de uma caixa d’ água. Segundo a PM, o suspeito confessou aos militares ter praticado ataques no bairro Novo Horizonte.
Na última quinta-feira (27), o comandante do 32º BPM, coronel André Henrique Oliveira, se pronunciou por meio de nota que, desde o último dia 26, tendo em vista os últimos confrontos ocorridos nas comunidades Malvinas e Nova Holanda, visando manter a ordem pública e segurança de moradores da localidade determinou o reforço de policiamento por data indeterminada.