Crimes em curto prazo assustam a população e a Polícia Civil investiga
E a violência não para de crescer no interior do estado. No último final de semana, três mulheres foram assassinadas em menos de 48 horas, duas em Macaé e uma em Conceição de Macabu. O primeiro assassinato aconteceu na comunidade da Nova Holanda, quando uma mulher identificada apenas como Verônica, foi morta com 23 tiros na cabeça. A vítima era natural de Belém do Pará e morava na comunidade Nova Esperança.
Já na madrugada de sábado, uma outra mulher foi executada tiros, na Rua 62, principal via do bairro Parque Aeroporto. Segundo informações, Kelly Cristina Santos, foi abordada por um bandido em uma moto e assassinada com vários tiros no rosto. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O corpo foi removido para o IML de Macaé.
Em Conceição de Macabu, um casal foi executado a tiros em uma residência, no bairro da Tribo. Uma das vítimas foi identificada apenas como Cristiane. A polícia trabalha com hipótese de crime de latrocínio, roubo seguido de morte, já que o bandido tentou roubar o veículo do casal.
Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio revelam que, se comparado aos meses de janeiro a dezembro de 2018 e do ano passado, observa-se que houve redução nos índices de homicídios. Ainda segundo o ISP, em 2018 foram registrados 120 assassinatos. Já no ano passado, a polícia contabilizou 85 homicídios, em Macaé, uma queda de 29%.
O número de mulheres assassinadas em curto espaço de tempo deixa as autoridades preocupadas. Os primeiros seis meses do ano passado, 357 mulheres foram vítimas de violência e atendidas no Centro Especializado de Atendimento à Mulher. Os dados são da área de vigilância e prevenção de violências e acidentes da secretaria de saúde macaense. No ano de 2018, em todo o município, 1.050 casos de violência foram registrados, sendo que desses, 838 eram mulheres. em relação à faixa etária, os maiores índices de violência são entre pessoas que têm de 30 a 39 anos, com 216 casos.
A cidade vive um momento delicado, são comunidades dominadas pelo tráfico de drogas, confrontos entre facções rivais e um efetivo policial que precisa atender a seis cidades, mesmo com a queda no número de ocorrências, a população ainda não se sente segura.