As inscrições para o programa Analfabetismo Zero já estão abertas. Aqueles que nunca frequentaram a escola e possuem mais de 15 anos devem garantir a sua vaga. Para se cadastrar devem ser apresentados xerox da carteira de identidade e CPF, comprovante de residência, além de foto 3×4, na sede do Cetep, localizado à Rua Alfredo Backer, 363. No caso dos interessados menores de 18 anos, o responsável é que deverá realizar a inscrição. Para o ano letivo de 2020, a previsão é que as aulas do programa sejam iniciadas junto com as das escolas municipais. As aulas no Cetep-Centro acontecem das 13h30 às 16h durante dois dias na semana.
A programação de encerramento das atividades de 2019 foi marcada na semana passada por almoço com alunos, familiares e equipe do Cetep. Eles receberam kits pedagógicos e ainda assistiram apresentações de teatro, poesia e contação de piada com a integração de familiares. Entre os mais animados estavam os alunos Ivanilda da Silva, Maria de Lourdes Martins, Jorge dos Santos e Jorge da Silveira Pinto. “Estamos felizes e emocionados”, confirmaram.
O objetivo do programa é alfabetizar no período de um ano os alunos-trabalhadores, elevar a estima e promover o acesso à qualificação profissional. O programa segue a Legislação Educacional referente à Educação de Jovens e Adultos (EJA), incluída no Plano Nacional de Educação (PNE). De acordo com o Secretário de Educação, Guto Garcia, a rede municipal destaca a importância em se distinguir as duas faixas etárias (jovens e adultos) e a formulação de projetos pedagógicos próprios e específicos.
“A EJA tem uma estrutura flexível capaz de contemplar inovações que tenham conteúdos significativos. Nesta perspectiva, há um tempo diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos. Os limites e possibilidades de cada estudante devem ser respeitados. A intenção é conseguir a permanência e o sucesso do aluno nos estudos”, ressaltou Guto Garcia.
Já a Secretária Adjunta de Qualificação Profissional, Leandra Lopes, lembra que o programa visa desenvolver a leitura e a escrita daqueles que não tiveram a oportunidade de frequentar a escola. “A finalidade é propiciar um atendimento diferenciado para adultos e idosos, que estão ou não no mercado de trabalho, e não são alfabetizados. Este ano de 2019 o trabalho foi muito positivo, em 2020 teremos novidades”, observou.
O programa, segundo a coordenadora e professora, Flávia Lima, integra pessoas de vários perfis e histórias. “Contamos neste ano com alunos de 19 a 90 anos, cinco deles fazem parte da Casa do Idoso. Os saberes e a cultura dos estudantes são respeitados como ponto de partida real. Realizamos atividades voltadas para inclusão e avaliações a partir das experiências acumuladas”, declara.