Welberth e Guto representam projetos que começam a ser avaliados para as eleições de 2020
Fatos distintos que marcaram o cenário político de Macaé nesta semana reforçam a única certeza que paira sobre o processo eleitoral de 2020: a Câmara de Vereadores e o governo dominam espaços e asseguram uma batalha ferrenha pela intenção do eleitor de ir às urnas, em outubro do ano que vem.
Com as pré-candidaturas consolidadas do ex-vereador e deputado estadual Welberth Rezende, e do vereador e atual secretário municipal de Educação, Guto Garcia, a disputa antecipada do pleito revela também que muita gente não está pronta para abrir mão do poder: nem quem está de saída, e muito menos quem espera retomar ao jogo conduzido hoje por gigantes das estratégias e das articulações.
Welberth, pelas mãos do presidente da Câmara, Dr. Eduardo Cardoso (PPS), Guto pela vontade do prefeito Dr. Aluízio, emparelham uma corrida que hoje se mantém na avaliação de números, especulação de cenários e indicadores traduzidos por aqueles que enxergam a disputa, não pelos olhos do eleitor, mas por quem almeja sair ileso da tempestade que está por vir. Mas não aquela anunciada por Fake News espalhadas por blogs de mentira.
Com a falta de esforço de outras esferas de poder da cidade em lançar projetos políticos, Welberth e Guto passam a dominar as discussões que tentam refletir o que será posto nas urnas em 2020, num jogo que inclui também nomes como o deputado estadual Chico Machado, do ex-prefeito Riverton Mussi, do delegado e deputado federal Felício Laterça, além dos empresários Silvinho Lopes, Ricardo Bichão e André Longobardi.
Em cafeterias do Centro do Rio de Janeiro e restaurantes da zona sul de Macaé, reuniões tentaram avaliar qual serão as estratégias traçadas por ambos para garantir uma possível vantagem nas urnas, faltando ainda meses para o pleito que encerrará o ciclo “da mudança” na Capital Nacional do Petróleo.
Welberth Rezende e a base da Câmara
De origem da formatação partidária que ascendeu, por quatro mandatos consecutivos, Dr. Eduardo Cardoso à presidência da Câmara, Welberth Rezende se tornou pré-candidato natural a prefeito após obter quase 19 mil votos nas urnas da cidade em 2018, numa campanha quase extemporânea para a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Com mandato conquistado a base de mais de 30 mil votos no Estado, Welberth deixou o mandato produtivo e estruturado na Câmara, para ocupar o gabinete e os assessores de Comte Bittencourt, empresário, ex-deputado estadual, que abriu mão de ser vice-prefeito de Niterói para continuar na Alerj. Em 2018, foi vice-governador da chapa derrotada de Eduardo Paes, pelo ex-juiz Wilson Witzel.
Desde então, Welberth manteve Dr. Eduardo Cardoso à frente das articulações que sustentam hoje a sua pré-candidatura a prefeito, consolidada em boa parte por um perfil pessoal: de gostar de conversar e nutrir empatia até de adversários.
Hoje, mantém ao seu lado um grupo de vereadores liderados pelo presidente da Câmara que, apesar dos espaços mantidos no governo, seguem fiéis ao jogo comandado por Dr. Eduardo.
Mesmo cumprindo a agenda de deputado estadual no Rio, Welberth mantém o olho nas alianças conquistadas em Macaé, com mais autonomia e habilidade, postura que vem surpreendendo até mesmo a estrutura de domínio inicial sobre o seu grupo.
Guto Garcia e a aprovação de Dr. Aluízio
Vereador de dois mandatos e quase uma década à frente da gestão da Educação de Macaé, Guto Garcia foi o nome escolhido pelo governo a liderar chapa que tem a difícil tarefa de suceder Dr. Aluízio.
Com base no capital político mantido pelo médico e prefeito desde 2008, Guto conta com a força da rede municipal de ensino, bem avaliada pela população, e com a inteligência da mãe, a ex-vereadora e ex-vice-prefeita Marilena Garcia, para fortalecer o projeto.
Próximo de secretários importantes da gestão municipal, Guto assume na chapa do governo posição que, antes especulada por nomes mais próximos, nos campos político e pessoal do prefeito. E, por isso, encara certas resistências dentro da própria administração.
Nesta semana, Guto tentou criar diálogo em um espaço ainda pouco habitado por ele. Apesar de dois mandatos consecutivos, ele não conquista unanimidade dentro do Legislativo, situação que pode mudar com o desenrolar dos fatos políticos nos próximos dias.
Foto de Guto
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