Rebeca Dias tem 9 anos, é aluna da Escola Municipal Paulo Freire, no bairro Lagomar, e tem o sonho de ser professora de Matemática. “Amo Matemática porque ela está em tudo na nossa vida. Para fazer contas, pesar, medir as coisas, a gente, os alimentos. Tudo, tudo”, disse, ao lado de colegas da turma do 4º ano que visitaram o Laboratório de Educação Matemática de Macaé Professora Ana Kaleff (Lemak) e o Museu Interativo Inclusivo de Educação Matemática (LEMi), da Prefeitura de Macaé, na manhã desta terça-feira (5). Acompanhados por duas professoras, 44 alunos da unidade foram explorar os espaços oferecidos pela prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação, para mostrar aos alunos a Matemática de forma concreta e desmitificar o medo que alguns têm da disciplina.
À tarde, os espaços receberam a visita do Colégio Raul Veiga e outras escolas do município e de cidades vizinhas já estão agendadas. “O laboratório é muito importante porque aqui os alunos descobrem outro universo, conhecem jogos sensoriais para aprenderem a se colocar no lugar dos outros, como os deficientes visuais, que têm o seu espaço reconhecido aqui, e outros. O ensino da Matemática tem muito a ganhar com este projeto”, enfatizou a professora Janaína Alves, que levou 23 alunos. A visita foi feita em dobradinha com a professora Gerusa Moreira, que levou mais 21 alunos.
“Eu gosto de Matemática, mas o meu sonho é ser cantora e pediatra. Eu amei este laboratório e quero voltar”, disse Ana Lívia Ramos, 9 anos, enquanto montava um quebra-cabeça com a colega Tábata de Jesus, 11 anos. Junto estava Rebeca Dias, que disse não abrir mão do sonho de ser professora de Matemática.
As visitas ao Lemak e ao LEMi são gratuitas e as escolas interessadas em conhecer e levar os alunos para interagir com as parábolas e as suas curvas envolventes, para reconhecer os cônicos, para montar quebra-cabeças diversos e outros jogos estimulantes para a construção real do mundo da Matemática e da Educação Inclusiva devem fazer o agendamento pelo email lemi@macae.rj.gov.br.
No Laboratório, os alunos encontram objetos de ilusão de ótica, curvas de nível, frações, teorema de Pitágoras e outros experimentos feitos com recursos didáticos manipulativos para o ensino de Matemática com vistas à inclusão, todos utilizando materiais reciclados e brinquedos adaptados. A coordenadora geral é Ana Kaleff, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), que dá nome ao espaço e compõe a equipe com a coordenadora local, da Secretaria Municipal de Educação, professora Vanessa Arenari, e o coordenador de Matemática da Faculdade Municipal Miguel Ângelo da Silva Santos (FeMASS), Sérgio Gonçalves.
O laboratório e o museu foram inaugurados no dia 10 de setembro pelo secretário municipal de Educação, Guto Garcia. Funcionam no hall do prédio administrativo da Secretaria Municipal Adjunta de Ensino Superior (prédio da extinta Funemac), na Cidade Universitária. O horário de funcionamento é às segundas, terças e sextas-feiras o dia todo, de manhã, das 9h às 11h30 e, à tarde, das 14h às 17h30; às quartas e quintas somente no turno da tarde, no mesmo horário.
A Cidade Universitária está localizada à Rua Aloísio da Silva Gomes, 50, bairro Granja dos Cavaleiros.