Esta é uma pergunta que não quer calar e, quem diariamente utiliza a rede social observa nas mensagens enviadas através de grupos ou pessoal, uma enxurrada de memes que coloca a classe política abaixo de uma avaliação séria, por causa das escandalosas ações perpetradas no plenário não só do Congresso Nacional como nas assembleias e câmaras de vereadores por todo o Brasil.

Evidente que não se pode e não se deve medir as situações envolvendo toda a classe porque, entre os milhares de personagens que estão aninhados nos mais de 30 partidos políticos, pode sempre ter alguns mais sérios e que gostariam de mudar o atual quadro que, segundo índices de estatísticas divulgadas, não ostentam uma boa confiança da população. Este ano, por exemplo, após ter o novo governo tomado posse e também os parlamentares, já se viu de quase tudo e as ações desencadeadas em vez de merecer aplausos, levam sempre ao descrédito porque o contribuinte que paga em dia seus impostos, o que mais deseja é ver aprovados projetos que possam beneficiar a população.

Mas ao contrário, parece que os atores partidários estão com os olhos voltados para o próprio umbigo e, igual a um parlamentar flagrado em Brasília numa má ação, disse não ligar muito para a opinião pública, afirmando que “ela que se lixe”. Em vez de austeridade e a iniciativa com as reformas da previdência, tributária, política, segurança, social e tantas outras para tirar o país do caos, o interesse maior foi a toque de caixa fazer uma minirreforma eleitoral para aumentar o fundo partidário e o fundo eleitoral antevendo as eleições de 2020, e a lei de abuso de autoridade, que acaba levando também a Justiça ao descrédito, por temer represália. O quadro é triste mas, parece que não há muita esperança, mais.

Furna da Onça

O episódio que mais chamou a atenção mas não mereceu muito espaço na imprensa convencional, enquanto nas redes sociais os comentários tomaram vulto, foi a decisão da Assembleia do Estado do Rio de Janeiro, em tempo recorde (já havia tentado uma vez no inicio do ano), de aprovar em apenas 48 horas, um relatório na Comissão de Constituição e Justiça, e depois pelo plenário por 39 votos a favor e 25 contra, pela soltura dos deputados estaduais que estavam presos na Operação Furna da Onça, um desdobramento da Lava Jato, que levou 10 deputados suspeitos de corrupção para a cadeia em novembro do ano passado.

Com diploma mas sem cargo, os que conseguiram o diploma por meio de procuração, não tomaram posse porque uma liminar da Justiça considerou ilegal que o livro de registro da Alerj fosse levado ao presídio para os políticos assinarem. Foi a ministra Cármen Lúcia, do STF, que determinou que a Alerj decidisse sobre os réus. Com a decisão da Alerj de mandar libertar os deputados, o desembargador do TRF-2, Abel Gomes, não emitiu os alvarás de soltura. Foi o vice-presidente da Alerj, Jair Bittencourt, que assinou o documento pedindo a soltura dos deputados.

Pelo visto, o presidente petista André Ceciliano, tirou o carrinho da reta e a turma botou os corruptos na rua. Como eles têm foro privilegiado, o processo que tramitava na segunda instância, o TRF-2 encaminhou o caso para a responsabilidade, sabem de quem? Do juiz Marcelo Bretas, que cuida dos casos da Lava Jato no Rio de Janeiro. Agora, todos vão ver a cobra fumar. Como perderam o foro privilegiado por não terem sido reeleitos, Albertassi, Coronel Jairo, Picciani, Marcelo Simão e Paulo Melo, respondem a ação penal em primeira instância. E olha que Sérgio Cabral já levou mais de 200 anos de prisão…

 

PONTADAS

 

Esta semana, quando o STF deveria ter decidido se mantém ou não a prisão em segunda instância, a internet bombou e não foram poucas as ameaças e comentários desairosos sobre a suprema corte. Até ameaças de invadir Brasília pelos caminhoneiros que prometem paralisar o país caso não seja mantida a segunda instância. Como o placar até agora está em 4 x 3 a favor mas expectativa de mudar, o julgamento foi suspenso.

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Quarta-feira passada a Firjan Norte Fluminense realizou em Campos, evento sobre a energia fotovoltaica, discutindo possíveis soluções, projeção de mercado e a regulamentação do setor. Quando uma possível solução de energia limpa toma impulso, a Aneel – agência reguladora de energia elétrica, decide taxar os que investem na energia solar e envia a carga não utilizada para as distribuidoras. Pegou mal e Bolsonaro achou esquisito.

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A nação rubro-negra de Macaé – e olha que não são poucos os flamenguistas que fizeram uma carreata no final do jogo contra o Grêmio – já está comprando ingressos e passagens para Santiago, onde o Flamengo vai enfrentar o River Plate na final da Libertadores. O ingresso custa em torno de US$ 80 dólares em lugar especial e quem não andar depressa não vai mais poder assistir a não ser pele TV. O jogo começa às 17h30.

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Até domingo.