Moradores reclamam do abandono por parte do poder público. Pedido de melhorias já dura quase uma década
Nos últimos anos foram inúmeras visitas do jornal O DEBATE à Vila Badejo, loteamento situada na área norte da Capital do Petróleo, a poucos quilômetros do Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho. Um dos pontos que sempre vem sendo abordado pelos moradores é a reforma da praça. Em quase uma década, várias promessas de melhorias foram feitas, mas na prática, nada mudou.
Única opção de lazer de quem mora ali e nas adjacências, o que deveria ser lugar de interação entre os moradores tem sido mais motivo de preocupações.
Os problemas não são poucos. A começar pelo parquinho. Esse é um dos poucos na cidade que ainda possuem brinquedos de fibra. Mas brincar ali é um risco que poucos pais correm com os seus filhos. Isso porque está tudo quebrado, devido ao vandalismo e a falta de manutenção.
O presidente da associação de moradores, Araken Correia Sabino, conta que antigamente ele fechava o local com cadeado na parte da noite, porém, devido a reclamações, acabou suspendendo a medida. O resultado não poderia ser outro: a depredação do patrimônio público. Alguns brinquedos, como o cavalinho do carrossel, foram roubados. Na nossa última visita ao local, acompanhada do presidente do bairro, a nossa equipe encontrou camisinhas usadas e até fezes.
A única coisa que ainda reúne os frequentadores é o campinho. E mesmo assim a diversão muitas vezes acaba em problemas de saúde. Devido a contaminação, muitos já relataram problemas de pele. Como o local não é cercado, animais de rua entram no local, onde fazem as suas necessidades na areia. Diante disso, um pedido que Araken vem reforçando não é de hoje, é a substituição por um pavimento de cimento ou grama sintética.
E ali também há outros problemas. O alambrado, sem manutenção, acabou cedendo e ficando mais de um ano escorado em uma árvore. Diante dos riscos de tombar e acertar alguém, ele foi retirado e um outro até hoje não foi colocado.
Também há solicitações de troca dos refletores e também da caixa de luz da praça, que continua exposta, correndo o risco de uma criança ou adolescente mexer e ser eletrocutado.
O presidente diz que as buscas por melhorias já se tornaram exaustivas. “Eu procurei a prefeitura. O que eu posso resolver, eu vou fazendo. Mas está tudo abandonado. A praça precisa de uma reforma. Já falei com o prefeito e nada. Ele disse que iria voltar aqui no bairro para a gente conversar e nunca mais apareceu. Não consigo agendar com ele. Da ponte para cá está tudo abandonado. Vereador só vem aqui para aparecer. Está difícil. Eu como presidente do bairro fico triste com isso”, diz ele, fazendo uma critica a uma ação que foi feita há alguns meses na praça. “Um vereador veio aqui e pintou os bancos quebrados. Tirou as cores padrões da bandeira da cidade (azul e branco) e despadronizou tudo. Fora que não é disso que a gente realmente precisa. Tem que consertar. Não adianta pintar coloridinho, pois está tudo sem ripa, quebrado”, completa.
A nossa equipe de reportagem entrou em contato com a prefeitura, no entanto, até o encerramento desta edição a secretaria de Comunicação não havia se pronunciado sobre o caso.