Agentes participaram de treinamento em mata fechada no Pesagro, no Horto, em Macaé
Cristian Kupfer
O fogo na mata desafia guardas ambientais, o combate por terra tem que ser rápido para as chamas não atingirem a vegetação densa, onde o controle é ainda mais difícil. O tempo seco facilita a propagação do fogo. Nos dois últimos meses foram registrados 16 atuações em queimadas em Macaé. A maioria acontece na região serrana do município.
Para impedir ainda mais aos danos ao meio ambiente, a Guarda Ambiental realiza o primeiro treinamento de combate ao incêndio, após a reativação do órgão.
Ao todo, 10 agentes da guarda receberam a capacitação na manhã desta quinta-feira (3), em uma mata fechada, área localizada no Pesagro, que fica no bairro Horto, em Macaé. A proposta é orientar os agentes diante dos registros de ocorrência na cidade.
O calor e o tempo seco contribuem para deixar a vegetação ressecada. Para a Guarda Ambiental, os incêndios dificilmente são provocados por causas naturais. O agente Luiz Nogueira que atua na corporação há 13 anos também participou da capacitação e afirma que é comum o foco de incêndios neste período de estiagem e que os animais são as principais vítimas.
O comandante da Guarda Ambiental, Madson Nazareno, afirma que o período de estiagem termina no próximo mês, porém a corporação segue de prontidão contra queimadas durante todo o ano para evitar danos ao ambiente.
Durante o treinamento, os agentes vistoriaram área de risco e acompanharam a recuperação das regiões onde já houve incêndio. Há duas semanas, o fogo atingiu uma extensão equivalente a 10 campos de futebol. A maioria dos casos atendidos pela Guarda Ambiental é através das denúncias, de acordo com o diretor de Conselho de Segurança, Patrick Moraes.
“Por dia, atendemos dois registros de queimadas na cidade, seja na área urbana ou na região serrana de Macaé. A população deve denunciar esses tipos de crimes, onde muitos moradores têm o velho hábito de atear fogo em terrenos baldios e em matas para caçar animais silvestres”, explicou Patrick.
De acordo com o registro do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio, segundo dados, entre janeiro a julho deste ano, foram 1.190 registros contra 372 no mesmo período do ano passado., uma alta de 220%. Esse tipo de situação tem provocado desequilíbrio ecológico e a morte de animais silvestres.
Para denunciar basta ligar para o número (22) 99701-9770.