As escolas públicas municipais Polivalente e Paulo Freire de Macaé foram destaques nas oficinas de tecnologia Desafio Maker e Desafio Games, no Festival de Economia Criativa do Rio de Janeiro (Cria Brasil), ficando, respectivamente, em segundo e terceiro lugares. Participaram 40 escolas – sendo 30 no Maker e 10 no Games – de vários municípios do Estado do Rio de Janeiro, incluindo a capital e Niterói, além de cidades vizinhas. O objetivo foi que os alunos criassem soluções inteligentes para as demandas da sociedade com base nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
O festival foi realizado na Biblioteca Parque Estadual, pelas secretarias estadual e municipal de Cultura do Rio, e as oficinas dos desafios foram organizadas pelo Laboratório de Robótica Inovar e Aprender (LabInovar), da Secretaria Municipal de Educação de Macaé, convidada para o evento. O resultado foi tão significativo para o município que a coordenadora do LabInovar, Luemy Ávila, disse que já trabalha o próximo desafio que é ampliar as oficinas e a participação de escolas para 2020.
No Desafio Maker, a dupla Maria Letícia Mofati e Ana Caroline de Araújo, da Escola Municipalizada Polivalente Anísio Teixeira, do bairro Costa do Sol, equipe da professora Érica Sheffel, ficou em segundo lugar, atrás, apenas, da dupla formada por alunos do Colégio Pedro II, da capital. No Games, Gabriel do Nascimento Cezário Quintino, aluno da Escola Municipal Paulo Freire, do bairro Lagomar, acompanhado do professor Peterson Cardoso, ficou em terceiro lugar.
As alunas trabalharam a coleta seletiva do lixo para Cidades e Comunidades Sustentáveis (ODS 11 da ONU) e Consumo e Produção Responsáveis (ODS 12). No Desafio Games, Gabriel usou o jogo para desenvolver soluções para a Educação de Qualidade (ODS 4); Indústria, Inovação e Infraestrutura (ODS 9); e Redução das Desigualdades (ODS 9). Em cada desafio os participantes tiveram duas horas para desenvolver o projeto.
No caso do Games, os alunos desenvolveram tudo: linguagem, programação, cenário, roteiro e personagens. Os critérios para participar foram ser alunos de escolas públicas ou privadas, de 11 a 14 anos, para o Games; e de 11 a 19 anos, para o Maker. “Foi inovação mesmo porque eles tiveram de confeccionar todas as peças que usaram, além de pensar na elaboração de todo o processo desenvolvedor. É diferente trabalhar com lego em que as peças utilizadas já estão prontas”, destacou o professor Peterson.
Para a coordenadora do LabInovar, “além de experimentar o uso de ferramentas inovadoras na escola pública, os desafios estimularam os alunos a pensar e a realmente fazer alguma coisa para as demandas das cidades, o que tem um significado enorme de transformação para a educação e na vida da sociedade”, observou Luemy. O evento foi realizado nos dias 26 e 27 de setembro.