Unidade tem recebido corpos do IML de Cabo Frio devido à falta de necrópsia, o que tem causado atraso nos sepultamentos
A chuva que atingiu várias cidades no mês de maio deste ano, fez com que o Instituto Médico Legal (IML) de Macaé acumulasse o trabalho. Isso porque as unidades do IML de Cabo Frio e Araruama estão encaminhando corpos para o posto de Macaé e outras demandas para São Gonçalo, causando aumento de demanda gradativamente.
Em Cabo Frio, o problema é antigo. O instituto está desde abril de 2016 sem fazer necrópsia. Sempre que alguém da Região dos Lagos morre, o corpo precisa ser levado para o IML de Macaé para passar pelo exame. Com isso, tem gerado problemas para os familiares e atraso nos sepultamentos.
A necrópsia é um exame que precisa ser feito em casos de morte violenta ou de causa desconhecida para apresentar informações importantes que ajudam nas investigações. Além de Macaé, o IML do município atende as cidades de Conceição de Macabu, Quissamã, Carapebus, Casimiro de Abreu e Rio das Ostras.
Com a falta de estrutura do IML de Araruama devido à chuva que comprometeu o local, o posto de Macaé tem recebido corpos das cidades de Arraial do Cabo, Búzios, Cabo Frio, São Pedro da Aldeia e Iguaba Grande. Caso o IML de Macaé esteja superlotado, parte da demanda acaba sendo levada para o Instituto Médico Legal de São Gonçalo.
Em abril de 2016, a explicação era de que a unidade de Cabo Frio precisava de obras, uma empresa chegou a ser contratada para a reforma. Apenas exames de corpo de delito estão sendo realizados. Com isso, na época o IML de Araruama acumulou as necrópsias de dez municípios e ficou sobrecarregado. Agora sem o trabalho do IML de Araruama, a unidade de Macaé fica superlotada de corpos aguardando a liberação para os sepultamentos.
A Prefeitura de Cabo Frio paga os custos do velório e do enterro para famílias carentes. Mas o benefício cobre apenas as primeiras 24 horas. E devido ao atraso, as famílias têm que pagar a diferença do valor do sepultamento.