Nos últimos dias, desde o momento em que foi decretada a prisão do ex-presidente Lula, não tem sido fácil, acreditamos, a vida das principais figuras da República que devem estar sofrendo máximas pressões de tudo quanto é lado para tentar reverter uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabeleceu a prisão de condenados após a confirmação em segunda instância. Pressão que vem sendo ampliada e deixando os ministros que ocupam cargos no STF praticamente no desentendimento, quando julgam recursos na primeira ou segunda turma, e até mesmo no plenário. E, para isso, bons e caríssimos advogados não faltam, até que consigam reverter a situação considerada por alguns como fácil, se o ato fosse político, igual ao que ocorre no parlamento, onde deputados e senadores, trocam seus votos a bel prazer, se lixando para a opinião pública, como revelou um deputado federal e que acabou reeleito. Não só nas redes sociais onde todos os lados se manifestam cada qual a sua maneira, como nos meios de comunicação oficiais onde o jornalismo sério continua merecendo maior confiabilidade, por ouvir e entender especialistas, sem emitir opinião contra ou a favor, ou seja, sempre ouvindo os dois lados. O fato de ter o ministro Dias Toffoli no STF, concedido uma liminar ao deputado federal Paulo Maluf, aquele que sempre usou o slogan “rouba mas faz”, para cumprir a pena em casa, tirando do ministro Fachin esta decisão por ser o relator do caso, deixa todos com a pulga atrás da orelha, logo ele que será presidente do STF em outubro e, a partir daí, como muitos acreditam, o jogo será revertido. Mas, não precisa esperar muito. Como todos têm pressa em acabar com a Lava-Jato, as ações continuam para atingir este objetivo. O que, talvez, não precisa demorar tanto. No dia 6 de maio, o ministro Dias Toffoli deve assumir a presidência do Supremo por pouco mais de uma semana, quando a ministra Cármen Lúcia poderá assumir a República, quando Temer estiver visitando Cingapura, Tailândia, Indonésia e Vietnã. Como Rodrigo Maia e Eunicio Oliveira vão se asilar em outros países porque ficariam inelegíveis se assumirem a presidência, aí pode dar “chabu”. Com o Supremo dividido, a agenda do STF pode alterar o resultado de votações importantes, como o de reverter a prisão em segunda instância e, aí… Lula solto, e o desmanche da Lava-Jato. Você aí, acredita?

Estradas da esperança

Desde quando assumiu a gestão em 2013, o prefeito tinha em sua agenda uma enorme mala de boas intenções e de ações prometidas que fariam a mudança na cidade que todos almejavam, merecendo por isso, uma vitória nas urnas espetacular. O pequeno Partido Verde (PV), coordenado por Fernando Guida, ganhou evidência por fazer brilhar em Macaé uma estrela e ele, por sua vez, durante muito tempo, “ganhou” um cargo comissionado promissor. Mas, como em muitos casos, aquele em que a população acreditou e, principalmente, nas mudanças que seriam feitas melhorando a saúde, a educação, o transporte, o meio ambiente, a segurança, principalmente, foi se isolando e começando a aumentar uma fila chamada de ex-aliados que hoje é muito maior do que alguém possa imaginar. Quem anda pela cidade, a enxerga com um ar de abandono. Pior, a não ser a cúpula do governo que funciona no quarto andar da sede da prefeitura, ninguém tem voz ou se arrisca a desenvolver qualquer projeto ou mesmo divulgar o que faz e para o que está fazendo. Se o fizer, tem logo o pescoço cortado. O sistema de abastecimento de água para toda a população concluído nos quatro primeiros anos de governo, o sistema de esgotamento sanitário também beneficiando toda a população em quatro anos, dentre outras ações que enchiam de esperança e confiança os contribuintes e eleitores, acabaram não acontecendo. O Fernando Guida do PV ganhou cartão vermelho e saiu quando o prefeito se bandeou para o PMDB, este mesmo MDB de Cabral, Cunha, Temer, e outros, a ponto de ter vencido em 2017 o prazo da Comissão Provisória e não ter sido renovada. Medo de quê? Se for da Lava Jato, não precisa tanto porque as denúncias estão feitas e falta apenas a investigação chegar até ao palácio. Talvez, seja medo de… quem sabe? Pior de tudo é que, nas promessas de governo, a construção da estrada de Santa Teresa e a Transportuária, para minimizar o caos do trânsito na cidade, também ficaram apenas na esperança. Já se tem conhecimento de que, apesar das placas e mídias anunciando, vamos passar mais dois anos sem que nenhuma obra de envergadura que possa melhorar a infraestrutura da cidade seja construída. Assim como todos têm certeza de que o marco dos 200 anos não será edificado, mesmo tendo como ponto de partida o ginásio do Ypiranga, como monumento aos Direitos Humanos. Acabou o espaço.

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PONTADAS

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Grande expectativa em torno da convocação do suplente de vereador Robson Oliveira (PSDB), radialista que promete fazer na tribuna da Câmara, se por acaso chegar até lá, o mesmo trabalho que faz no rádio, tendo como principal meta discutir a segurança pública, que atualmente está sob intervenção federal. Como todos sabem, com dois vereadores afastados, a Câmara está funcionando com 15.

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Duas cidades, quase do mesmo porte, que poderiam ser comparadas porque uma, apesar dos desastres naturais, tem um orçamento de ¼ do de Macaé mas funciona os serviços de água e esgoto, e este município que com orçamento de mais de R$ 2 bilhões a população clama por água e são constantes as denúncias de esgoto jorrando pelas ruas, principalmente quando chove.

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Pode ser que sim, pode ser que não. Mas muita gente duvida se, com mais esse feriadão que vai até segunda-feira, Armação dos Búzios, o bairro chic de Macaé, não vai receber os macaenses que têm residências por lá, ou mesmo ocupando as pousadas e hotéis que ficam lotados nessas ocasiões. Se não encontrar alguém em Macaé, é só ir a Búzios e curtir a Rua das Pedras.