Toda administração, seja ela pública ou privada, precisa de reavaliação e de ajustes, medidas que estão diretamente ligadas aos conceitos de otimização e de eficiência.
E apesar de todas as iniciativas à frente de um governo tenham motivação política de imediato, há de se compreender que, mesmo com todas as prioridades não diretamente ligadas ao interesse da população, mudanças são positivas. Dependendo do ponto de vista.
Em menos de um ano, cinco nomes foram indicados pelo governo para conduzir a pasta da Saúde, incluindo o próprio médico/prefeito.
É possível compreender a dimensão do desafio de conduzir uma engrenagem que envolve um batalha de centenas de servidores, milhares de pacientes e milhões de recursos públicos injetados numa espécie de poço sem fundo.
Porém é válido afirmar que a cada mudança de gestão, há um rompimento de diretrizes adotadas pelos secretários anteriores, uma adequação que gera impactos direto à assistência ao cidadão.
No último final de semana, uma nova gestora para a Saúde foi nomeada pelo governo, rompendo assim um ciclo de pouco menos de três meses pautado pela intervenção da Controladoria Geral do município sobre as contas e os contratos da pasta.
Certo de que esse novo caminho resultaria em novas mudanças, especialmente em coordenações e nas redes básicas de atendimento ao paciente, a sociedade quer acreditar que algo positivo possa surgir a partir disso.
A saúde sempre foi a caixa-preta do governo municipal. Consumindo um quarto do orçamento, a secretaria tornou-se ainda mais emblemática a partir da vitória do prefeito à frente do governo.
E lá se vão seis anos de uma interminável arrumação de casa, onde médicos e políticos já tentaram dividir a tarefa de tornar o serviço mais coerente com as despesas. E este caminho continua sendo trilhado. Até quando, ninguém sabe!