Por Bianca Gomes
O segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 trouxe questões que abordaram a genética das plantas, o uso de combustíveis em veículos e a teoria das eleições. Neste domingo, 11, os candidatos resolveram 90 questões de Matemática e Ciências da Natureza – que engloba as disciplinas de Química, Física e Biologia.
Na avaliação de professores de cursinho, a prova estava bem contextualizada com temas do cotidiano e de atualidades.
Para Allan Rodrigues, professor do Descomplica, a prova de química teve menos questões de cálculo e foi mais simples do que no ano passado.
As duas únicas questões que exigiam contas eram sobre termoquímica. Uma delas envolvia combustíveis fósseis, tema já recorrente no exame, e a outra era relacionada com estequiometria. As poucas questões de cálculo tornaram a prova mais fácil, segundo Rodrigues. “O aluno tem mais tempo nas questões teóricas, isso foi muito bom. As contas que caíram foram mais fáceis, fato que não acontecia na história do Enem. Neste ano, as divisões eram fáceis e perfeitas.”
Caíram outros assuntos recorrentes na prova, como detergente, hidrólise salina e combustível fóssil – nesta, tratava do craqueamento do petróleo. Para o professor, uma questão sobre reação orgânica é uma das que os alunos vão ter mais dificuldades na prova.
Para ele, a novidade da prova na disciplina foi uma questão de distribuição eletrônica, que nunca havia caído no Enem. No texto, o tema é relacionado com tabela periódica, também pouco utilizada na prova. “É difícil ter perguntas sobre tabela periódica no Exame, pois não há imagem dela para consulta. Desta vez, não precisava necessariamente consultá-la. Inclusive, foi uma questão muito bem feita”, afirma Rodrigues.
Em Biologia, o professor Alexandre Bandeira, do Descomplica, diz que caíram menos questões sobre ecologia. O tema foi abordado em uma pergunta sobre corredores ecológicose a manutenção da biodiversidade.
Outro grande tema que caiu na prova foi código genético e especiação. Em uma das perguntas, pedia a identificação genética das plantas que geraram uma semente apresentada na questão. “Foi uma das mais difíceis da prova”, conta Bandeira.