Moradores da Ajuda de Baixo ainda permanecem apreensivos com a ordem dada pelo tráfico
Por medo de possíveis atentados, boa parte dos comerciantes que trabalham no bairro Ajuda de Baixo permaneceu com os seus estabelecimentos de portas fechadas na última quinta-feira (25). O local é conhecido como Complexo da Ajuda, dividido em: Ajuda de Cima, Ajuda de Baixo e Planalto da Ajuda. Durante toda a manhã, o clima era tenso e de insegurança nessa região.
Na principal via do bairro era possível notar poucas pessoas na via pública. Os pontos de ônibus ficaram vazios e alguns comércios que resolveram abrir as portas não tiveram freguesia. Outros comerciantes resolveram abrir as lojas mais tarde, que seria fruto do medo de sofrerem represália de traficantes.
Segundo a Polícia Militar, a segurança está sendo reforçada nessas localidades, visando coibir futuros ataques de bandidos, que já vem acontecendo desde o último domingo (21), nos bairros Bosque Azul e Ajuda de Baixo.
A polícia disse, em nota, que nas últimas duas semanas foram presos líderes de duas facções criminosas em Macaé. Ela destaca que esse ano, até a presente data, o 32° BPM do município bateu o recorde nas apreensões de fuzis e drogas.
O comandante da PM, Rodrigo Ibiapina, afirmou ainda que esse tipo de confronto entre traficantes, que atinge a população de modo geral, afeta profundamente a estrutura das facções criminosas. As disputas pelo controle após as prisões dos líderes aumentam.
Na noite da última terça-feira (23), uma tentativa de homicídio foi registrado na Rua 7, no bairro Ajuda de Baixo. Segundo informações dos moradores, foram disparados mais de 10 tiros e um deles acabou atingindo um rapaz identificado como Marlone Marques, de 29 anos, que foi socorrido pelos moradores e levado para o Hospital Público de Macaé.
No último dia 17, um homem identificado como Arlei Jesus Lapa, de 41 anos, foi executado a tiros. Ele foi atingido por três disparos de arma de fogo na região do tórax e ficou gravemente ferido.
Moradores da localidade ficaram assustados com a violência e de imediato prestaram socorro à vítima, que foi levada para o HPM.
De acordo com informações de moradores e amigos, Arlei foi abordado por assaltantes e no momento do crime ele carregava livros nos braços. A polícia acredita que o homem foi morto por não ter nada de valor no momento do assalto.