Oposição culpa governo de não intervir para solucionar problema que afeta rotina da população
A paralisação dos trabalhadores do transporte público, que há uma semana afeta a rotina da população, desengavetou o pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) sobre a relação entre o governo e a SIT.
Membros da oposição culpam a prefeitura por não intervir junto a empresa que detém o monopólio sobre o serviço, para garantir que o transporte seja restabelecido pela empresa, ao garantir atendimento às reivindicações apresentadas pelos profissionais.
Autor do pedido de abertura de CPI do transporte, que ainda cumpre a fase de recolhimento de assinaturas para ser votado em plenário, Marcel Silvano (PT) afirmou que o governo contribuiu para penalizar os profissionais do transporte, ao assumir responsabilidade que deveria ser da SIT. “Estamos há uma semana enfrentando a greve dos trabalhadores do transporte público, que é justa e enfrenta a mobilização do governo de desmoralizar esses profissionais, tentando jogar a população contra ele. Nós dissemos que demitir cobradores e exigir dos motoristas a dupla função, iria precarizar o sistema”, disparou Marcel.
O parlamentar apontou que a situação dos profissionais do serviço é preocupante, o que reflete de forma direta na rotina dos usuários.
“A nossa região é a que paga o menor salário para essa categoria. Por isso, precisamos do voto dos vereadores para instaurarmos a CPI do Transporte Público, para que possamos apurar tudo isso, e dar respostas à população”, completou Marcel Silvano.
Líder da Frente Parlamentar Macaé Melhor, Maxwell Vaz (SD) apontou que o município perde por não discutir a modernização do transporte público, a partir da implantação de novos modais “O transporte público precisa ser universalizado e deveria ter diversos modais. O VLT deveria estar funcionando, com base na promessa de campanha do atual prefeito. Isso está documentado! Tenho documentos robustos que podem ser anexados ao pedido de abertura de CPI”, defendeu.
Maxwell afirmou ter em mãos documentos que corroboram o pedido de abertura de CPI, que tem força para ser discutido em plenário através da mobilização da oposição. “Só de empenho para o subsídio da passagem é de R$ 100 milhões, quase a totalidade do orçamento total de municípios da região. Se esse dinheiro garantisse a qualidade do serviço, estaria tudo certo. Mas não é isso que acontece. Além disso, temos um prefeito fura greve, que sacrificou as aulas da rede pública, para contornar um problema que é da empresa”, apontou Maxwell Vaz.