Por Marcelo Godoy
Treze governadores foram eleitos no primeiro turno neste ano, em votação que teve o MDB e o PT como os grandes derrotados nas eleições estaduais, apesar de terem eleito no domingo 4 governadores – três do PT e um do MDB. Ao mesmo tempo, partidos como o Novo, o PSC e o PSL emplacaram no segundo turno seus candidatos em Estados como Minas, Rio e Santa Catarina.
Os dois partidos que formaram a chapa Dilma Rousseff e Michel Temer para a Presidência haviam eleito 12 governadores em 2014. Desta vez, só podem chegar a oito.
Os petistas sofreram derrotas importantes. A maior delas foi registrada em Minas, onde o governador Fernando Pimentel ficou de fora do segundo turno das eleições, que será disputado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB) e pelo candidato do partido Novo, Romeu Zema. Além dela, o partido perdeu o Acre, onde se mantinha no poder havia 20 anos. Ali os eleitores elegeram Gladson Cameli, candidato do PP.
O PT conseguiu preservar seus três governos no Nordeste, vencendo com mais de 70% dos votos válidos na Bahia, com Rui Costa, no Ceará, com Camilo Santana, e com pouco mais de 50% no Piauí, reelegendo o governador Wellington Dias. O partido ainda vai disputar o segundo turno no Rio Grande do Norte, com Fátima Bezerra, que enfrentará Carlos Eduardo, candidato do PDT.
MDB
A situação do MDB é tão ruim quanto a de seu antigo aliado. Dos sete governos eleitos em 2014, o partido já perdeu nesta eleição cinco, entre eles o Rio, governado havia 12 anos pelos emedebistas Sérgio Cabral Filho e Luiz Fernando Pezão. Conseguiu reeleger apenas um: Renan Filho, em Alagoas, que obteve o recorde de votos válidos no País, com 78% do total no Estado.
No Pará e no Distrito Federal, seus candidatos – Helder Barbalho e Ibaneis Rocha, respectivamente – ficaram em primeiro lugar e levam para o segundo turno votações acima de 40%.
A derrota só não foi ainda maior para os emedebistas porque o partido conseguiu emplacar no segundo turno, no Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, que busca se reeleger para governar os gaúchos. No final da apuração, Paulo Skaf, seu candidato em São Paulo, foi ultrapassado pelo socialista Márcio França (PSB) e ficou de fora da disputa do segundo turno.
Tucanos
No Rio Grande do Sul, o emedebista vai disputar o segundo turno contra um candidato tucano. O PSDB, que elegeu cinco governadores quatro anos atrás, dos quais o do Paraná e o de São Paulo no primeiro turno, não conseguiu eleger ninguém no domingo Vai, no entanto, disputar o segundo turno em seis Estados, entre eles Minas e São Paulo, onde o partido jogará seu futuro de grande força política com as candidaturas de João Doria e de Anastasia.
Dos seis Estados que ele disputará no segundo turno, seus candidatos ficaram no domingo em primeiro lugar em São Paulo (Doria), Rio Grande do Sul (Eduardo Leite), Mato Grosso do Sul (Reinaldo Azambuja) e Rondônia (Expedito Júnior).
O PSDB enfrentará candidatos do PSL de Jair Bolsonaro em Rondônia (Coronel Marcos Rocha) e em Roraima (Antonio Denarium), que defende o fechamento da fronteira para conter os refugiados da Venezuela – o Estado já recebeu de 50 mil deles. O partido de Bolsonaro também disputará o segundo turno em Santa Catarina com o Comandante Moisés, um bombeiro militar.
O PSB foi ao lado do PT o partido que mais elegeu governadores no domingo. Foram três: Espírito Santo (Renato Casagrande), Paraíba (João Azevêdo) e Pernambuco (Paulo Câmara), que concorria à reeleição. O PSB tem chance ainda de fazer mais três governadores no segundo turno, pois concorre no Distrito Federal, Amapá e em Sergipe.
O DEM voltou aos governos estaduais, elegendo desta vez Ronaldo Caiado em Goiás e Mauro Mendes em Mato Grosso, e concorre no Pará e no Rio no segundo turno. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.