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Plano Municipal deve ser o novo passo para segurança

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Parlamentares aprovaram requerimento que indica ao governo criação de estratégia municipal de segurança na cidade

Atribuições e posições das forças locais de segurança são debatidas pela Câmara Municipal

A criação de uma Plano Municipal de Segurança Pública, como ferramenta de organização das atribuições e posições de cada setor de enfrentamento da violência na cidade, direcionou um amplo debate realizado na última quarta-feira (30), na Câmara de Vereadores.

Sugerido ao governo através de requerimento, o Plano fez parte de uma série de outros pedidos encaminhados à Guarda e ao 32º Batalhão da Polícia Militar, com objetivo de elevar a sensação de segurança na cidade.

A proposta foi sugerida por Cesinha (PROS) e ganhou a adesão de outros parlamentares que levantam a bandeira da segurança, como Robson Oliveira (PSDB).

Na defesa dos requerimentos, Cesinha afirmou que a cidade ainda precisa avançar nesta questão. “A situação ainda é delicada. Cobramos o enfrentamento, mas precisamos garantir também políticas sociais. E por isso, nós como vereadores e como governo, precisamos discutir essa questão”, disse Cesinha.

Robson afirmou que a ausência de políticas públicas nas comunidades gera uma inversão de valores que é nociva para as crianças e adolescentes. “Segurança pública é dever e obrigação de todos. As três esferas do poder precisam andar juntas, e a sociedade deve fazer a sua parte. Toda criança da periferia tem acesso a um smartphone que assiste a cantores ostentando vida de luxo. Mas a família não tem condição de oferecer essa vida, que é oferecida pela criminalidade. Quem precisa dar oportunidade é o poder público e não o tráfico! Se não, sempre vamos perder esta guerra. É preciso acabar com a hipocrisia”, disse Robson Oliveira.

O vereador Luiz Fernando (PTC) apontou que a ineficiência do governo gera a violência. “A violência é fruto da ausência do poder público, em qualquer patamar. Essa ausência gerou a formação de bolsões de pobreza, ignorados pelo governo. E o certo acaba virando o errado. Quais são os ídolos das crianças dessas áreas? Qual é o exemplo de vida para eles?”, questiona Luiz Fernando.

Já o líder da Frente Parlamentar Macaé Melhor, Maxwell Vaz (SD), apontou que as falhas do governo tiram as oportunidades dos jovens. “Plano Municipal de Segurança Pública é importante. Precisamos mesmo pensar e agir! Primeiramente, acho que isso chama a atenção do Executivo para o cumprimento das suas obrigações rotineiras. Muitos jovens migram para atos ilícitos por falta de oportunidade. Leis que ofereciam condições para o jovem estudar ou até de estagiar na prefeitura não são cumpridas”, criticou Maxwell.

Welberth Rezende (PPS) apontou que a Guarda Municipal já cumpre um papel diferenciado na segurança pública da cidade. “Muitos nem pedem mais apoio da Polícia, mas sim da Guarda que já atua dentro de acordo com a lei federal que prevê novas atribuições para a categoria. As armas não letais já estão sendo utilizadas. Podemos fazer uma audiência pública para discutir qual é o novo papel da Guarda”, disse Welberth.

Marcel Silvano (PT) defendeu a construção de políticas sociais de acordo com o enfrentamento à violência. “Não se supera a violência apenas com discurso panfletário. Estamos tão armados nas consciências, nas posturas e dentro de suas casas. Estão tirando a liberdade do povo e nós temos a necessidade de discutir qual é o nosso papel, por isso a importância do Plano Municipal”, apontou Marcel.

Líder do governo, Julinho do Aeroporto (MDB) fez discurso afirmando que a ação de enfrentamento da violência vitimiza jovens da periferia, o que foi corroborado também por Val Barbeiro (PHS).

Marvel Maillet (REDE) afirmou que o abandono dos projetos sociais, esportivos e culturais, geram também a violência e a falta de oportunidade para os jovens da periferia. “Como um jovem da periferia terá oportunidade, se não tem uma bola boa no projeto da prefeitura? Se a praça do bairro não tem condição de receber atividades físicas? O esporte e a cultura sempre serão os melhores caminhos para mudar essa realidade. Mas o apoio não existe do governo”, disse.

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