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Governo reage a batalha antecipada por sucessão à prefeitura de Macaé

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2022

Vereador Julinho do Aeroporto usa tribuna do plenário para atacar Léo Gomes, secretário de Relações Institucionais

Cerca de 49 assessores ligados ao grupo político do vereador Julinho do Aeroporto (MDB) foram exonerados de cargos

Um dia após a Câmara Municipal de Macaé decidir mergulhar oficialmente na fase pré-campanha eleitoral, o governo optou por reagir a estratégias que visam utilizar a gestão municipal como base para projetos políticos que tentam disputar sozinhos a sucessão da prefeitura. Única frente política da cidade ainda com tempo para decidir se vai apoiar, ou não, candidatura para a batalha pela sucessão, o governo deu uma demonstração clara de manter o foco na execução de projetos voltados a finalizar o mandato do prefeito Dr. Aluízio com aprovação pública em alta, ao invés de mobilizar aliados em defesa de um “terceiro mandato”. De uma só tacada, 49 assessores ligados ao grupo político do vereador Julinho do Aeroporto (MDB) foram exonerados de cargos que pertencem a secretaria municipal de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos.

Líder do governo na Câmara, Julinho tem costurado alianças para disputar a eleição em 2020, com lideranças que pertencem a linha de oposição direta ao prefeito. Na terça-feira (17), ele chegou a utilizar o espaço do grande expediente da sessão ordinária para disparar críticas contra a merenda escolar e secretários municipais. Na sessão desta quarta-feira (18), ele disse não se sentir mais útil para o governo.

“Eu não tinha secretaria. A gente tinha indicações dentro daquela secretaria que desenvolvia um bom trabalho. Eu entendo muito bem! O prefeito quer reorganizar a sua base. Enquanto você é útil, isso funciona”, disse Julinho.

Apesar de apontar que a sua participação em um evento com o deputado estadual, pré-candidato a prefeito, Chico Machado (PSD), tenha sido o estopim da decisão do prefeito, Julinho atribuiu a uma articulação do secretário adjunto de Relações Institucionais, Leonardo Gomes, à exoneração dos seus 49 assessores. “Desde 2013, quando o prefeito e eu pertencíamos ao mesmo palanque, Léo Gomes queria a secretaria. Ele falou na cabeça do prefeito para exonerar os meus assessores. Só tenho a desejar a ele boa sorte. Se eu o encontrar na rua, certamente lhe darei um abraço”, disse Julinho.

Nas últimas semanas, outros vereadores que pertencem a base aliada do governo na Câmara também se voltaram contra secretários ou medidas estratégicas adotadas pelo próprio chefe do Executivo. E através deste chamado “fogo amigo”, a oposição conseguiu aprovar a derrubada do Decreto 93, editado pelo governo em 2014, que regulamentou medidas relacionadas a faltas sem justificativas de servidores municipais.

Vale destacar também que na semana passada o ex-líder da bancada de governo, o vereador Márcio Bittencourt (MDB) criticou a equipe de gestão do Centro de Especialidades Médicas Dona Alba. Dias antes, um vídeo editado dentro de um dos consultórios montados na antiga fábrica Bariloche registrou a reclamação de usuários sobre o atendimento. As imagens chegaram a ser divulgadas por rede social, mas logo depois foram apagadas por se tratar de montagem.

Dias depois da divulgação do vídeo, um áudio circulou pelas redes sociais que desmente a denúncia. O caso resultou na exoneração de uma ex-assessora da secretaria municipal de Desenvolvimento Social, que trabalhava na assistência a famílias de baixa renda no Cemitério Memorial Mirante da Igualdade.

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