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Exames de sangue nem sempre exigem jejum: saiba quando é de fato recomendado

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A necessidade ou não de jejum antes do procedimento pode variar.

Quando se fala em exames de sangue, muitas pessoas logo associam à necessidade de ficar em jejum por até 12 horas antes da coleta, o que, por muito tempo, foi a norma padrão em laboratórios e clínicas. No entanto, a evolução da medicina diagnóstica mostrou que essa prática nem sempre é obrigatória e que pode variar de acordo com o tipo de teste a ser realizado e as condições específicas de cada paciente. Daí a importância de saber quando, de fato, é necessário jejuar antes de fazer análises de sangue. 

“Os valores de referência dos exames de sangue são estabelecidos com base em pessoas em jejum. Por isso, em alguns casos, o consumo de alimentos antes da coleta pode alterar temporariamente a composição sanguínea, impactando esses parâmetros e prejudicando a precisão dos resultados”, explica a bioquímica e coordenadora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Luciana Figueira.  

É essencial destacar que o termo “exames de sangue” engloba uma variedade de testes que têm o propósito de investigar diferentes condições de saúde. Nesse contexto, a necessidade ou não de jejum antes do procedimento pode variar. 

Luciana Figueira enfatiza que os exames relacionados à dosagem de glicose, que avaliam os níveis de açúcar no sangue, geralmente exigem um jejum de 8 horas. “Já no caso do lipidograma, que avalia o perfil lipídico, colesterol e frações, o jejum não é obrigatório, mas em algumas situações, o médico pode solicitar que o paciente fique 12 horas sem se alimentar, dependendo das características da pessoa”, explica. 

Por outro lado, o hemograma, um dos testes mais comuns no check-up médico, não requer jejum. Esse procedimento avalia os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas do sangue, fornecendo informações para o diagnóstico de condições como anemia e câncer, por exemplo. 

Orientações 

Exames de sangue são ferramentas importantes para avaliar a saúde do organismo, por isso é fundamental compreender as implicações de não jejuar, quando recomendado. Caso um exame seja realizado sem o cumprimento dessa orientação, é essencial verificar com o médico se é necessário repetir o teste laboratorial, uma vez que a ingestão de alimentos pode comprometer os resultados. 

“Dependendo do exame, uma nova coleta pode ser necessária, especialmente se a glicose basal apresentar resultados muito elevados após o paciente ter se alimentado. No entanto, em casos como o de colesterol sem jejum, o médico pode interpretar o resultado levando em consideração as condições do paciente no momento da coleta”, informa a bioquímica. 

Uma das dúvidas sobre o jejum é se a água pode afetar os resultados. A resposta é ‘não’. Independentemente do exame, é permitido ingerir água, desde que seja pura. Outra questão é ‘quanto tempo de jejum’. Nesse caso, a orientação deve partir do médico, pois depende de cada teste. 

Para evitar desconfortos prolongados devido à privação de alimentos, a sugestão é que o paciente se alimente normalmente à noite e realize a coleta de sangue pela manhã, fazendo o desjejum no próprio laboratório, como no Sabin, onde é oferecido um lanche logo após o procedimento. 

Compreender quando o jejum é de fato recomendado para exames de sangue é essencial para garantir resultados precisos e diagnósticos corretos. As orientações médicas devem sempre ser seguidas, e qualquer dúvida quanto às preparações necessárias deve ser esclarecida pelo profissional de saúde responsável pelo paciente.

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