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Ex-procurador da Lava-Jato acusa o STF de favorecer a impunidade

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Dallagnol argumentou que as anulações de condenações não foram resultado de falhas na condução da Operação Lava Jato, mas sim consequência de mudanças nas regras do jogo pelo STF

Em uma entrevista no programa “Bastidores do Poder” da Rádio Bandeirantes, Deltan Dallagnol, ex-deputado e ex-procurador, da Operação Lava Jato, expressou críticas severas às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente em relação às anulações de condenações ligadas à operação.

Dallagnol argumentou que as anulações de condenações não foram resultado de falhas na condução da Operação Lava Jato, mas sim consequência de mudanças nas regras do jogo pelo STF, que aplicou retrospectivamente novas interpretações jurídicas. Ele destacou que as alterações realizadas pelo Supremo, especialmente no que tange à competência da Justiça Eleitoral e à prisão em segunda instância, resultaram na impunidade de políticos corruptos e geraram uma grande insegurança jurídica no país.

O ex-procurador enfatizou a eficácia da Lava Jato ao mencionar a recuperação de bilhões de reais e a condenação de centenas de pessoas envolvidas em esquemas de corrupção. Ele reconheceu que, embora tenham ocorrido algumas falhas pontuais, principalmente em acordos de delação premiada realizados na Procuradoria Geral da República, não houve má intenção ou impacto significativo na validade das operações.

Dallagnol criticou a escolha de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal, argumentando que o mesmo representa um caráter político em uma Corte que deveria primar pela técnica e imparcialidade. Ele também mencionou a necessidade de mudanças no sistema político e jurídico brasileiro, destacando sua decisão de unir-se ao partido NOVO para continuar sua luta contra a corrupção e o abuso de poder.

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