A proposta de reposicionamento em estudo na Petrobras para o refino de petróleo prevê que a estatal poderá reduzir para 75% sua participação no mercado nacional. Atualmente, ela controla 99% do refino no país, com 13 refinarias.
As informações foram comunicadas hoje (19) pela companhia ao mercado e estão em debate em um seminário realizado nesta quinta-feira na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.
A proposta apresentada foi elaborada durante dois anos e prevê que a Petrobras vai firmar parcerias em duas refinarias no Nordeste e mais duas no Sul. Em cada uma delas, o parceiro terá 60%, e a Petrobras, 40%.
No Nordeste, as unidades que serão divididas com parceiros são a Refinaria Abreu e Lima e a Refinaria Landulpho Alves, que têm uma capacidade de processamento de 430 mil barris de petróleo por dia. No Sul, serão a Refinaria Presidente Getúlio Vargas e a Alberto Pasqualini, com uma capacidade de 416 mil barris por dia.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, explicou que a proposta ainda não está fechada e foi aberta à discussão pública pela importância estratégica para o fornecimento de combustíveis no Brasil.
“O modelo final não é importante apenas para a Petrobras, uma decisão de negócios. É importante para o país como um todo”, disse Parente. Ele afirmou que parcerias são fundamentais para agregar valor à empresa.