Por Giovana Girardi
Pedras no rim podem ser expelidas mais rapidamente se o paciente der uma volta em uma montanha-russa gigante? O canibalismo é uma boa forma de ingerir calorias? Saliva humana funciona mesmo para limpar aquela sujeirinha que caiu na mesa?
Até parecem perguntas de crianças curiosas para entender o funcionamento do mundo, mas foram propostas por pesquisadores de verdade, que criaram metodologias para testá-las e resultaram em artigos publicados em revistas científicas. São pesquisas sérias, mas nem por isso deixam de ser hilárias. E acabam de ganhar o Nobel da ciência esdrúxula do ano – O Ig Nobel.
A brincadeira, organizada pela revista “Anais da Ciência Improvável”, celebra as pesquisas que “primeiro fazem rir e depois pensar”. Os vencedores foram anunciados nesta quinta-feira, 13, no Teatro Sanders, na Universidade Harvard. Os prêmios foram entregues por verdadeiros Nobéis e recebidos com muito bom humor pelos autores.
Em sua 28ª edição, a paródia do Prêmio Nobel destacou dez estudos que à primeira vista parecem piada, mas que podem até ser bem úteis – como a investigação sobre as pedras no rim.
Premiados com o Ig Nobel de Medicina, os pesquisadores Marc Mitchell e David Wartinger, da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, desenvolveram um simulador renal, o encheram com urina, colocaram três cálculos suspensos no líquido e o levaram para dar 20 voltas na montanha-russa Big Thunder Mountain Railroad, na Disney World, em Orlando, Flórida. Descobriram que, de fato os cálculos se moviam dentro do modelo após o passeio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.