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Irmãos são presos por homicídio qualificado em Rio das Ostras

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Agentes da Polícia Civil de Rio das Ostras cumpriram mandado de prisão - Arquivo 

Suspeitos foram detidos no fim da tarde de quinta-feira (23), na Rua Maranhão, no bairro Cidade Praiana, e foram transferidos para o sistema penitenciário

O ex-companheiro de uma jovem desaparecida há oito anos e o irmão dele, que é Policial Militar da UPP do Morro dos Macacos, foram presos no fim da tarde de quinta-feira (23), em Rio das Ostras. Eles são suspeitos de ocultar o corpo de Jennifer Tifany Vei­ga Pires, que foi vista pela última vez em 2011, segundo investigação da Polícia Civil.

A família notou que algo poderia ter ocorrido com ela ao ver que o então companheiro postou foto nas redes sociais anunciando um novo relacionamento, em 2014. Mas o inquérito policial só foi aberto em 2017, depois que uma testemunha relatou ter visto o rapaz e o irmão dele com as blusas sujas de sangue, tendo um deles confessado que havia dado um sumiço na jovem, ainda segundo a polícia.

A mãe, Gláucia Pires, conta que peregrinou em busca da filha e disse que acredita na culpa dos suspeitos pelo fato deles nunca terem ajudado a procurá-la. A jovem saiu de casa em 2009, quando tinha 15 anos, para morar com o rapaz e teve dois filhos.

A mãe explicou que sempre teve dificuldade de falar com a filha, por isso, decidiu procurar a polícia ao vê-lo com outra pessoa nas redes sociais.

“Uma hora diziam que ela estava viajando. Outra hora, que não queria me ver. Minha filha vivia em cárcere privado. Só que eu não sou ninguém, não tenho muito estudo, não tenho formação, não tenho dinheiro, então, eu dependo de tudo público”, desabafou.

Gláucia disse que, ao ir atrás da filha, foi comunicada que ela havia ido embora de casa sem dizer para onde iria. A mãe de Jennifer conta que ainda tentou a guarda das crianças e descobriu que já havia um pedido feito pela família paterna à Justiça.
O delegado titular da 128ª Delegacia de Polícia de Rio das Ostras, Ronaldo Andrade Cavalcanti, explicou que o relato da testemunha foi importante para desencadear o caso. Ele desconfia que o corpo da jovem foi jogado em um rio do município.

Ainda segundo a Polícia Civil, o PM foi levado para o Batalhão Prisional da Polícia Militar no Rio de Janeiro. Já o ex-companheiro da vítima será encaminhado para um presídio de Campos dos Goytacazes.

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