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Exército manda mísseis anti-tanque para a fronteira com a Venezuela e sinaliza risco de conflito

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O ministro ressaltou a prontidão do país frente a uma hipotética invasão da Guiana por tropas venezuelanas, usando Roraima como rota

O Exército Brasileiro iniciou nesta sexta-feira (15) a movimentação de dezenas de Mísseis Superfície-Superfície 1.2 AntiCarro (MSS 1.2 AC) para a 1ª Brigada de Infantaria de Selva em Roraima, visando fortalecer a defesa da região. Esta ação segue a declaração do ministro da Defesa, José Múcio, sobre a preparação do Brasil para um possível confronto, dada ao Jornal Nacional.

O ministro ressaltou a prontidão do país frente a uma hipotética invasão da Guiana por tropas venezuelanas, usando Roraima como rota. O MSS 1.2 AC, desenvolvido pela empresa brasileira SIATT, demonstrou eficácia em testes, sendo capaz de atingir alvos a até 2 mil metros de distância e perfurar blindagens de 530 mm. A transferência destes mísseis para Roraima representa uma medida antecipada, similar à transformação do esquadrão de cavalaria de Boa Vista no 18º Regimento de Cavalaria Mecanizada.

A antecipação no envio dos mísseis e a conversão do esquadrão em Boa Vista em regimento de cavalaria mecânica fazem parte da resposta do Exército à crise de Essequibo. A tensão entre a Guiana e a Venezuela, que haviam se comprometido a não recorrer à força, despertou preocupações de segurança nacional. O MSS 1.2 AC já estava sendo testado desde 2018 e seus resultados recentes foram considerados satisfatórios. Com isso, a Força Terrestre do Brasil adquiriu cerca de 60 unidades do míssil. A expectativa é que o Corpo de Fuzileiros Navais também o utilize. O sucesso do míssil é estratégico, especialmente diante da escassez global de armamentos similares, como o Javelin americano, e do declínio do interesse pelo míssil russo Kornet.

O reforço militar no norte do Brasil, através da introdução de mísseis anticarro MSS 1.2 AC e a modernização das unidades militares em Roraima, vem em um contexto de crescentes desafios de segurança na região Amazônica. A crise de Essequibo e a possível ameaça de incursões venezuelanas, aliadas à necessidade de proteger as fronteiras nacionais, têm impulsionado ações rápidas e estratégicas por parte das Forças Armadas Brasileiras.

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