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Em primeiro lugar no Rio, Witzel diz que não é ‘um aventureiro’

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Por Roberta Pennafort

Em primeiro lugar no Rio, o até então desconhecido Wilson Witzel (PSC) disse nesta segunda-feira (8) que não é um aventureiro, e que o alinhamento programático com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e a presença nas ruas em agendas de campanha com Flávio Bolsonaro (PSL), filho mais velho dele e eleito senador, foram importantes para ele chegar à marca de 3 milhões de votos.

Em sua primeira disputa eleitoral, o ex-juiz federal desbancou Eduardo Paes (DEM), ex-prefeito da capital, que liderava todas as pesquisas. “Há uma identidade (com Bolsonaro). Nós estamos falando aquilo que a população quer ouvir”, disse Witzel, na manhã desta segunda-feira, 8, na Central do Brasil.

O candidato afirmou não ser necessário que Bolsonaro suba em seu palanque para ganhar no segundo turno. “A questão não é ele vir para o meu palanque. É a questão das propostas. Outros candidatos falaram que iam votar em Jair Bolsonaro e tiveram votação pífia. Mas evidentemente estar ao lado do Flávio Bolsonaro mostrou à população um alinhamento ainda maior”, afirmou Witzel.

“As propostas dele e as minhas estão alinhadas tanto na questão da saúde e da educação, quanto da segurança pública, no tocante à lavagem de dinheiro, à investigação. E também em relação ao melhor patrulhamento das áreas federais, para que não entrem armas e drogas. Existe uma pauta que é mais conservadora em relação ao direito penal, que hoje está no programa do Bolsonaro A pauta econômica também, que agrada aos setores empresariais. Há uma identidade”, continuou.

Witzel afirmou que sempre acreditou que estaria bem colocado no primeiro turno, apesar do que mostravam as pesquisas. Ele começou a corrida quase sem pontuar nas sondagens, mas na última, no sábado, estava em segundo lugar. “Eu esperava (a boa votação). As pesquisas não estão sendo realizadas adequadamente. Eu estava nas ruas e via o maciço apoio da população. Eu não fui surpreendido. Já dizia que podíamos vencer no primeiro turno. Muitos não acreditavam, mas eu acreditava. Por isso deixei de ser juiz federal para ser candidato. Porque sei que as pessoas querem alguém com capacidade intelectual, que apresente soluções diferentes do que temos hoje.”

Nesta segunda etapa, ele pretende ir mais para o interior do Estado, Região dos Lagos, Região Serrana, Norte Fluminense e Sul Fluminense. “A estratégia é estar mais presente. Mostrar que nossas propostas são mais técnicas e coerentes e apresentam mudança considerável no modelo econômico. O que temos hoje, de concessões de 25 anos, é ruim, não atrai capital próprio”.

O candidato rechaçou a pecha de desconhecido – “tem que perguntar isso para 3,1 milhões de pessoas” – e afirmou que está na frente porque os eleitores querem alguém com “um passado limpo”.

Fonte: Estadão conteúdo