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Educação de R$ 456 milhões de Macaé não atinge metas de desenvolvimento

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Vereador apontou que arrecadação abundante da cidade não garante desenvolvimento da educação

Rede básica de ensino do município segue o mesmo perfil de decadência da rede estadual

Pauta principal do discurso político registrado na sessão ordinária de ontem (4) da Câmara de Vereadores, a Educação municipal, que administrou orçamento de R$ 456 milhões no ano passado, não atingiu as metas previstas pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado pelo Ministério da Educação na segunda-feira (3).

Segundo os dados, Macaé atingiu a pontuação de 5.9, na educação de 4º e 5º anos. A meta prevista era de 6.0. De 8º ao 9º ano o desempenho foi ainda pior. Ao atingir a nota 4.5, a meta para a cidade era de 5.1.

Os dados foram amplamente debatidos pelos vereadores de oposição, na sessão ordinária da Câmara. Luiz Fernando (PTC) apresentou os dados orçamentários do governo municipal, para afirmar que o índice do Ideb revela a decadência administrativa da cidade.

“Somos uma cidade com 240 mil habitantes, que arrecada mais de R$ 2 bilhões. Que gastou no ano passado mais de R$ 455 milhões com a Educação que não consegue atingir as metas de desenvolvimento. Que cidade é essa? A Macaé que eu vivo sofre com a decadência administrativa”, disse.

Luiz Fernando também comentou o desempenho da rede estadual de ensino da cidade em relação ao Ideb, que também obteve pontuação abaixo da meta. “No Estado, a situação é ainda mais vergonhosa. Os Colégios Mathias Neto, Irene Meirelles e Luiz Reid, referências na educação da cidade, estão sucateados. Professores sem reajuste, ameaçados pela violência que só cresce”, listou Luiz Fernando.

Marcel Silvano (PT) também comentou sobre o desempenho da educação pública, no Ideb. “O Estado, dando de novo, um mau exemplo. O ensino médio é um dos piores do país. Pezão está fingindo que as coisas estão indo bem, mas essa não é a realidade. Macaé não atingiu a meta do Ideb, e ainda quer apresentar um projeto, o Bolsa Escola, que não ajuda em nada mudar essa realidade”, disse Marcel.

Guto Garcia (MDB) considerou os resultados do Ideb da rede municipal como “maravilhoso”. “Atingimos o 5.9 pontos no 5º ao 9º ano, média maior que a do Estado e a do país. Alcançamos o 1º lugar na região Norte Fluminense, o 14º lugar no Estado. Em toda a rede, 80% das nossas escolas obtiveram aumento neste índice. Só que, o MEC faz uma projeção de 10 anos que é equivocada. A secretaria de Educação possui um núcleo próprio para atender as escolas que tiveram o índice baixo. Estamos avançando isso”, explicou.

Guto afirmou também que a projeção do Ideb da rede municipal de Educação registra projeção de crescimento, o que representa o esforço dos professores em melhorar a qualidade do ensino.

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