Três das maiores operadoras de óleo e gás no mundo fixam atividades no município para desenvolver novos projetos
Se as últimas quatro décadas foram dominadas pela ascensão da Petrobras a um dos principais postos no mercado global de geração de energia, a chegada à Macaé da ExxonMobile e da Shell configuram o novo ciclo de prosperidade para a cidade, que será consolidado através da décima e histórica edição da Brasil Offshore.
Com a expertise adquirida ao longo da evolução das atividades de exploração e produção na Bacia de Campos, Macaé se torna hoje o ponto de partida para um novo ciclo de operações que, em longo prazo, irão potencializar a oferta de óleo e gás brasileiro no mercado internacional, atingindo um ápice não previsto para qualquer outra nação petrolífera do mundo.
Juntas, a Petrobras, a Exxon e a Shell foram protagonistas em todos os leilões realizados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) no ano passado. Do pré-sal ao pós-sal, as três maiores companhias de energia do mundo arremataram ativos na Bacia de Campos com potencial de injetar mais de US$ 10 bilhões nos principais campos. A partir da “agenda do petróleo”, discutida entre a indústria e o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), se estabeleceu no país regras mais sólidas de contratos, um cronograma aberto de leilões de áreas e a definição dos privilégios da Petrobras em relação ao potencial geológico brasileiro, de uma forma que estimulasse também o interesse das demais operadoras globais de assumir áreas tão produtivas quanto as reservadas no idealismo do “monopólio”.
“A competitividade abre o mercado brasileiro para investimentos além da Petrobras. E isso desencadeia uma série de negócios que movimentam, desde a exploração e produção, até o processamento e o refino. Esse é apenas o início de uma verdadeira transformação que a atividade do petróleo vive no país”, avalia o secretário executivo da Associação Brasileira das Empresas de Serviços do Petróleo (Abespetro), Gilson Coelho.
Fruto da competitividade, e da reação positiva da prosperidade do petróleo, outro campo ligado a operação offshore passa a ganhar força em Macaé, o de energia através do gás, que certamente será o pontapé inicial para o desenvolvimento de um novo viés econômico local: a indústria petroquímica.
“Hoje, o mercado internacional tem uma visão importante sobre Macaé. E não apenas no aspecto do petróleo, mas também do gás. A cidade volta a ser uma vitrine para a restruturação do setor, algo não visto antes em sua história”, afirma Gilson Coelho.
E esta projeção será consolidada durante os quatro dias da Brasil Offshore 2019, o ambiente ideal para reunir a cadeia produtiva do petróleo local, junto a Petrobras, a Shell e a ExxonMobile, o tripé capaz de reconstruir a história de pujança de Macaé.