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Câmara Juvenil dá aula de civismo

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Vereadoras mirins discursaram contra a violência e a discriminação de gênero

Estudantes da rede municipal marcaram presença no plenário do Poder Legislativo

Pedidos de melhorias para as escolas da rede municipal marcaram a sessão da Câmara Juvenil realizada na última sexta-feira (29), na Câmara Municipal de Macaé. Também foram feitas solicitações de serviços para a população, sobretudo voltados para as mulheres. Contudo, o momento mais marcante foi o discurso das vereadoras mirins contra a violência e a discriminação de gênero. Elas também fizeram uma homenagem à vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), executada em março deste ano, após denunciar violações dos direitos humanos na Favela de Acari.

A presidente, Clara Michele Ferreira, da E. M. Maria Letícia Santos Carvalho, fez uma série de indicações para a melhoria da sua escola, tais como a troca de móveis, janelas, pintura nas paredes, limpeza no entorno (mato) e material didático para os professores. Também foram feitos requerimentos relacionados à segurança em alguns bairros, com pedido de iluminação, manutenção de vias e divulgação da lei que permite a descida do ônibus fora do ponto para mulheres e idosos após as 22h.

Já a vereadora Júlia Eduarda Priolli, do Colégio de Aplicação (CAP), pediu apoio do poder público para enfrentar os constantes assaltos que estão ocorrendo nos arredores do colégio. “Só na semana passada, foram três assaltos à mão armada. Mesmo grupos grandes de dez estudantes já foram assaltados.” A estudante também pediu informações sobre o pagamento da bolsa CAP, proposta pelo vereador Marcel Silvano (PT) como emenda impositiva, mas ainda não atendida.

Dentre os projetos voltados para as mulheres, está a criação de um espaço de beleza para moradoras de rua, a fim de auxiliar na sua recuperação. Outra proposta é a criação de uma creche noturna para as mães que trabalham durante o dia e estudam à noite. E, por fim, foi recomendada pelas parlamentares a promoção de palestras e eventos no ambiente escolar voltados para o empoderamento feminino, conscientização sobre a violência doméstica e a gravidez na adolescência.

A estudante e vereadora juvenil Ana Carolina Mateus, da E. M. Carolina Curvelo Benjamim, aproveitou a sessão para fazer um discurso feminista e motivar outros jovens a participar mais ativamente da vida política da cidade e do país. “É preciso discutir política. Se não lutarmos por um bairro, uma cidade e um país melhor, como queremos ver mudanças?”

Clara Michele concorda e reforça o papel dos cidadãos: “Nada cai do céu. Se queremos algo, é preciso lutar”. Júlia Priolli ainda destacou o papel do programa Câmara Juvenil na formação de jovens mais conscientes. “As pessoas acham que adolescente não entende de política e não sabe o que é cidadania. Não é verdade, nós também discutimos e queremos falar a respeito. E as sessões da Câmara Juvenil nos dão essa oportunidade.”

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