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Câmara aciona comando da intervenção federal

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Requerimento assinado por Robson Oliveira foi aprovado por unanimidade pelo plenário durante a sessão de ontem

Contato visa garantir ações efetivas de enfrentamento dos índices de criminalidade

A Câmara de Vereadores vai acionar, através de requerimento aprovado ontem (8), o comando da intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. A medida visa garantir o combate aos índices crescentes de criminalidade na cidade, apontados por estudos da Polícia Civil.

O contato com o comandante da intervenção, o general Braga Neto, foi solicitado pelo vereador Robson Oliveira (PSDB), em sua primeira proposição discutida em plenário.

“Não há mais tempo para discurso político. Está na hora de intervir na segurança da cidade. Vemos que, sem apoio, as Polícias Militar e Civil não possuem condições técnicas e de estrutura para combater esses índices que colocam a nossa população refém de uma sensação de insegurança sem comum. Vamos todos os vereadores, em caravana, demonstrar ao general interventor o quanto é essencial qualquer medida que possa mudar essa realidade, seja com o Exército através do Forte Marechal Hermes, seja por qualquer medida que possa dar aos nossos cidadãos verdadeiros dias de paz”, defendeu Robson.

O requerimento promoveu uma ampla discussão e análise dos parlamentares sobre alternativas que possam mudar a dura realidade do município.

“Nós precisamos saber do interventor qual é a estratégia para Macaé. Esse contato, se existir, será muito importante para que possamos buscar respostas para tantas outras dúvidas que vivemos hoje”, apontou Maxwell Vaz (SD), líder da Frente Parlamentar Macaé Melhor.

Para Marcel Silvano (PT) o requerimento ajuda a expor as falhas de uma estratégia, considerada por ele, como publicitária para a segurança pública do Estado.

“Vivemos uma realidade na segurança pública pior a que se encontrava antes desse ato publicitário do governo federal. A sociedade foi afastada deste debate sobre as medidas que devem ser adotadas para melhorar essa dura realidade. Até hoje não temos respostas sobre uma série de questões que envolvem a segurança, inclusive para Macaé”, apontou.

Para Luiz Fernando (PTC), a intervenção não vai resolver um problema de gestão pública estadual que se arrasta há décadas, mas pode amenizar transtornos hoje vividos pelos cidadãos de Macaé.

“O abandono das comunidades é o retrato da falha de gestões públicas que não conseguiram criar um sistema eficiente de prevenção e proteção. Hoje a intervenção acontece e pode mudar a realidade de Macaé. Basta força de vontade”, disse.

Val Barbeiro (PHS) também defendeu a prevenção como a melhor forma de tratar a segurança pública.

Já Welberth Rezende (PPS) afirmou que o poder público municipal também pode adotar ações que contribuam com a segurança. “Nós precisamos discutir a lei federal 13.022 que propõe novas atribuições para a Guarda Municipal que possui hoje um efetivo maior que dispõe o comando do 32º Batalhão da Polícia Militar para atender, não só a Macaé, mas a outras cidades da região”, avaliou o vereador.

Presidente da Comissão Municipal da Segurança, o vereador Cesinha (PROS), destacou a iniciativa de Robson em buscar o contato com a intervenção. “Eu coloco a Comissão à disposição do vereador para buscar esse contato entre a Casa e o interventor, de forma imediata”, destacou Cesinha.

O requerimento foi aprovado por unanimidade pelo plenário, durante a sessão de ontem.

 

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