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Cabos rompem em navio-plataforma da Petrobras no RJ; sindicato cobra desembarque de trabalhadores

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Oito amarras mantém a plataforma estável na Bacia de Campos. Foto: Reprodução

O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) está acompanhando o desenrolar dos acontecimentos com a plataforma P-31, na Bacia de Campos, Rio de Janeiro, após o rompimento de duas das oito amarras que mantém a estrutura fundeada. A P-31 é um navio adaptado. A representação informou que pediu o desembarque dos trabalhadores, porém a Petrobras garantiu a segurança de todos a bordo.

“Logo que soubemos da situação, solicitamos o imediato desembarque do pessoal. Mas com a estabilização da plataforma, as pessoas estão em segurança. Continuamos acompanhando a situação, estamos em contato direto com a empresa, que nos garantiu que a emergência está controlada”, informa Tezeu Bezerra, coordenador-geral do Sindipetro-NF. Três barcos de apoio estão no local cuidando da estabilização da plataforma e o reparo já está sendo feito, tendo prazo de trinta dias para ser concluído.

Alexandre Vieira, coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF, diz que a informação chegou ao sindicato na manhã de sexta (7). “Foram duas amarras rompidas em condições de mar adversas. Na quinta-feira (6) o balanço estava grande a ponto de não possibilitar pousos e decolagem”, explicou. A Petrobrás informou que um dia antes, na quarta (5), às 16h40, foi observado um deslocamento incomum. Assim, a gerência naval foi acionada e enviou uma embarcação para inspeção das amarras. A P-31 já se encontrava em parada programada, então não houve comprometimento na produção, que gira em torno de 16 mil barris de óleo por dia.

Leia abaixo íntegra da nota do Sindipetro-NF

“Prezados,

Em resposta ao Ofício 166/2023 deste sindicato e demais questionamentos enviados diretamente à equipe envolvida na emergência de P-31, enviamos os seguintes esclarecimentos:

Foi iniciada em 03/07/23 auditoria a bordo de P-31, com embarque de auditores da ANP que ainda estão a bordo da unidade.

Reiteramos que a plataforma se encontra em parada de produção e o fluxo de hidrocarbonetos que circula pelos dutos e risers da unidade foi interrompido e segue em andamento sua despressurização. Tais medidas visam garantir a segurança da instalação e da força de trabalho a bordo, não havendo risco adicional em relação à habitabilidade da plataforma. Adicionalmente, além da primeira embarcação já conectada para pull-back, duas embarcações adicionais AHTS foram mobilizadas para resposta, objetivando a recomposição provisória da condição das amarras.

Os embarques e desembarques seguem sendo realizados respeitando a segurança e as condições meteorológicas adversas no campo de Albacora nos últimos dias. Não há, até o momento, a necessidade de extensão do desembarque a todos os trabalhadores, seguindo a Petrobras a análise criteriosa dessa situação de emergência.”

Por Diário do Centro do Mundo