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A Heftos teve que chamar a Polícia Militar de Macaé para tentar dispersar ex-funcionários offshore em frente à suas instalações devido a falta de pagamento compensatórios

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Viatura da Polícia Militar posicionada estrategicamente em frente à Heftos em um dia de manifestações

Mobilização da PM em Macaé aconteceu na ultima quarta-feira

Em Macaé, a Heftos, uma reconhecida empresa no setor de serviços offshore, enfrenta protestos contínuos de ex-funcionários que reivindicam o pagamento de compensações rescisórias e outros direitos trabalhistas. Este impasse ganhou novas dimensões no dia 20/03/2024, quando a empresa recorreu à Polícia Militar para dispersar os manifestantes reunidos em frente às suas instalações.

Os protestos começaram no dia 12 de janeiro, marcados pela presença diária de trabalhadores demitidos ao longo do último ano, que expressam sua insatisfação com a inadimplência da Heftos. Relatam que, desde a primeira demissão ocorrida, nenhum pagamento de rescisão foi efetuado. Além disso, acusam a empresa de negar-lhes o direito a férias, contrariando o artigo 143 da CLT, que permite a conversão de apenas 1/3 do período de férias em abono pecuniário.

Ex-funcionários offshore da Heftos dizem que não estão recebendo suporte sindical

A situação é agravada pela aparente inação dos sindicatos de Macaé, que, segundo os trabalhadores, falharam em oferecer o suporte necessário. Durante uma assembleia com mais de 70 ex-funcionários, realizada no dia 11 de janeiro, a frustração com as práticas da Heftos e a falta de apoio sindical foi vocalmente expressa, evidenciando um profundo descontentamento com o status quo.

Declarações de trabalhadores destacam a sensação de abandono e exploração: “o sindicato não ajuda em nada, apenas consome nosso dinheiro e fica ao lado das empresas”, e questionam “até quando vamos viver nesta escravidão moderna, onde os empresários fazem o que querem com o trabalhador?”

Heftos faz parte do grupo Azevedo & Travassos, um conglomerado atuante no ramo de construção e infraestrutura, que recentemente foi penalizado e teve as contas de seis empresas bloqueadas devido a falhas no pagamento de rescisões de cerca de 400 trabalhadores em Florianópolis. Similarmente, em Macaé, a falta de pagamento levaram a greves e à paralisação de serviços offshore, reforçando a necessidade de uma resposta organizada e combativa por parte dos trabalhadores afetados.

Este episódio em Macaé destaca não apenas questões sobre a gestão de direitos trabalhistas pela Heftos e pelo grupo Azevedo & Travassos mas também chama a atenção para a importância da representação sindical efetiva. Conforme os ex-funcionários continuam a buscar justiça, a situação sublinha a urgência de uma revisão das práticas empresariais e sindicais na região, especialmente em setores críticos como o offshore, essencial para a economia local e para a infraestrutura nacional.

Por Click Petróleo e Gás

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