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Sinpro Macaé defende o direito de participação das mulheres na política

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Debate lotou o auditório da UFF, em Rio das Ostras

Sindicato luta ainda pela educação como direito universal

O papel da mulher na política e na educação foi evidenciado no debate que aconteceu na Universidade Federal Fluminense (UFF), campus Rio das Ostras. O encontro reuniu a diretora-geral, do Sinpro Macaé e Região, Guilhermina Rocha; a vereadora Taliria Petroni; a militante feminista, Tatianny Araújo; e a militante do coletivo Só Podia Ser Preto, Emyli Isabel, entre outras lideranças. O momento foi ainda de relembrar os 150 dias da morte de Marielle Franco e Anderson Dias. Crime que até hoje está sem respostas.

Durante as discussões, em um auditório lotado de participantes, o debate colocou em pauta  a exclusão das mulheres dos direitos políticos na formação da sociedade brasileira. “Precisamos mudar esta cultura machista, homofóbica e sexista, que colocam as mulheres na segunda categoria. Lutamos para o fortalecimento mulheres trabalhadoras e do feminismo”, disse a diretora-geral.

Em sua fala, Guilhermina defendeu o fim dos ataques aos direitos das trabalhadoras e trabalhadores promovidos pelo governo Temer com a EC 95, que congelou por 20 anos os investimentos nas áreas sociais; a reforma trabalhista e todas as medidas que afetam as relações de trabalho, principalmente das mulheres, que ganham em média 30% a menos que os homens. “As mulheres ainda enfrentam duplas e triplas jornadas de trabalho, sofrem assédio sexual e moral, muitas vezes não encontram vagas nas creches e têm empregos mais precários”.

Participantes debateram sobre a participação da mulher na política e educação

Educação em perigo 

O debate trouxe alertas para uma educação pública de qualidade. Prova disso, foi a menção de que o golpe de 2016 promove a mercantilização da educação e tanta enfraquecer a organização dos trabalhadores. “Apesar de termos tido conquistas, vivemos um processo de privatização não só do Ensino Superior, mas também do Médio e da Educação Básica. Precisamos avançar e estimular o conhecimento crítico junto à população de forma que as pessoas sejam conscientes do seu papel na sociedade. Para isso, a universidade, um espaço rico neste debate, precisa estar focada tanto na pesquisa quanto no trabalho de extensão junto às comunidades”, disse Guilhermina.

Medidas do governo Temer como o congelamento dos gastos, a Reforma do Ensino Médio, a tentativa de impor a Basa Nacional Comum Curricular (BNCC) e da Escola Sem Partido impossibilita o curso do democracia e a formação da educação forme cidadãos críticos. “Não bastasse isso, vivemos em um momento no qual tentam mudar o conceito de educação como um direito público, para um serviço”, finalizou a diretora-geral.

 

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