Uma onda de demissões está varrendo muitas empresas do setor de petróleo e gás. Uma preocupação que está sendo manifestada pelo Sindipetro-NF que denuncia a saída de pelo menos 500 pessoas nas empresas prestadoras de serviço para a Petrobrás. Na semana passada a empresa, segundo o sindicato, a Elfe Engenharia anunciou a demissão mais de 300 trabalhadores de seu quadro operacional na Bacia de Campos devido às incertezas impostas pela COVID-19. Uma informação que não pudemos confirmar porque não conseguimos contato com a companhia. Esses trabalhadores foram demitidos no dia 27 de março.
O Grupo Cobra que possui contratos na área de manutenção também demitiu 25 trabalhadores de sua base onshore em Macaé, e há relatos dos trabalhadores que mais 150, que atuam em operações offshore também terão mesmo destino, já que os contratos destes são intermitentes e não há previsão de retomada por parte da Petrobrás. Em um comunicado a diretoria do Sindipetro-NF diz que “está muito preocupada com essas demissões em um momento crítico para a classe trabalhadora, não só por conta da pandemia como por causa da crise do petróleo que vem acontecendo no mundo. É preciso garantir uma renda e a estabilidade para os trabalhadores. É importante que as empresas conversem com os sindicatos e negociem uma forma melhor de atuar nesse momento para que todos não sejam prejudicados.”
O Coordenador do sindicato, Tezeu Bezerra, diz que “ o governo brasileiro tinha que parar imediatamente com as importações de petróleo para impulsionar o mercado interno e a cadeia de petróleo, atividade essencial para manter os empregos e a economia do país. Documentos solicitando a suspensão das demissões já foram protocolados pelo sindicato na Petrobrás, mas a empresa mantém sua postura.”