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Quem é Daniel Noboa, o presidente que derrotou a esquerda e agora enfrenta o terrorismo de traficantes no Equador

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Seu pai, Álvaro Noboa, um empresário de renome, fez várias tentativas frustradas para alcançar a presidência

Com apenas 35 anos, Daniel Noboa, nascido nos Estados Unidos e herdeiro de uma famosa família empresarial, tornou-se o presidente mais jovem da história do Equador. Sua posse, realizada em outubro de 2023, trouxe ao poder um líder com formação internacional e paixões por sommellerie, carros e cavalos. Seu pai, Álvaro Noboa, um empresário de renome, fez várias tentativas frustradas para alcançar a presidência. Daniel, por sua vez, teve uma rápida ascensão na política, passando pela presidência da Comissão de Desenvolvimento Econômico no Parlamento, onde se destacou em projetos nas áreas econômica e de investimentos.

Seu partido, Ação Democrática Nacional (ADN), possui uma representação significativa no Congresso, mas foi a aliança estratégica com o correísmo e o Partido Social Cristão (PSC) que solidificou seu poder, possibilitando a formação de uma maioria para importantes decisões parlamentares. Noboa, que deverá governar até 2025, assumiu o cargo após o ex-presidente Guillermo Lasso dissolver o Congresso e convocar eleições antecipadas, em um contexto marcado por acusações de corrupção e um Congresso dominado pela oposição.

O início de seu mandato, no entanto, tem sido desafiador, em face de uma escalada de violência que aflige o Equador. Um estado de exceção foi decretado após a fuga de perigosos criminosos, incluindo líderes de gangues como Los Choneros e Los Lobos. O decreto, que impõe um toque de recolher noturno, é uma resposta a uma série de eventos violentos: sequestros de policiais, ataques a instituições e até uma incursão criminosa em uma universidade. A situação de segurança alarmante levou ao pedido de “militarização” de locais estratégicos pelo prefeito de Quito, além da suspensão das aulas presenciais em todo o país.

Além da instabilidade política, o Equador enfrenta um crescimento exponencial da violência ligada ao tráfico de drogas. O país, situado entre os maiores produtores de cocaína do mundo, registrou um aumento dramático em homicídios e apreensões de drogas, refletindo um cenário de guerra às drogas. Este cenário de violência exacerbada culminou no assassinato do candidato Fernando Villavicencio durante a campanha eleitoral de 2023, um evento que chocou a nação e evidenciou os desafios sem precedentes enfrentados pelo jovem presidente.

Daniel Noboa agora se depara com o enorme desafio de restaurar a ordem e a segurança em um país abalado pela violência e instabilidade política.

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