Protocolo

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Menos protocolo, mais simbologia. A posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL) representa sim, e de forma bem clara, qual será o perfil do novo governo brasileiro, que se inicia com a aclamação das ruas, mas encara o desafio de substituir quase 20 anos de um projeto político denso, com fim melancólico do seu maior representante.

Do protagonismo da primeira-dama Michele Bolsonaro, à troca de faixa marcada pelos resquícios de um impeachment moderno, a transição definitiva da era-Lula para o marco do Messias, o povo brasileiro amplia as expectativas de dias melhores, onde a arma passa a ter a simbologia que se sobrepõe ao protocolo da democracia.

Do Congresso renovado por Flávio Bolsonaro, ao fortalecimento da Justiça através do ministério de Sérgio Moro, as transfigurações da imagem de uma administração corrupta, para o início de um governo austero e representativo, gera ainda mais curiosidade e expectativas entre aqueles que sabem que a política não se faz apenas com plateia.

Talvez por isso, os gramados do Planalto Central foram tomados por uma plateia que repetiu as mesmas vestes dos protestos contra o reajuste da tarifa do transporte público há cinco anos, das manifestações contra o governo do PT que culminaram no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) há dois anos, e das eleições de outubro deste ano, que deram a Bolsonaro a legitimidade de um governo pautado sim, e sem sombra de dúvidas, pelas redes sociais.

Da transformação do radicalismo em plano de governo, há de se perceber que ainda falta aparar arestas que vão muito além dos discursos contra o aborto, a ideologia de gênero, do “bandido bom é bandido morto” e do ataque direto à corrupção.

Agora, a sociedade espera aplaudir de pé a volta dos empregos, o fortalecimento da mão de obra brasileira, a recuperação da economia, as melhorias necessárias no ensino público, na restruturação do Sistema Único de Saúde (SUS) e, em especial, a garantia do enfrentamento direto ao crime organizado.

Hoje, o Brasil tem uma nova oportunidade de ser ainda maior que qualquer Fake News. O de voltar a ser uma nação próspera, militante e que com força necessária de corrigir os rumos do país, seja no voto, ou na ocupação das ruas. 2019 finalmente começou!

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