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População reclama do ‘ronco’ de motos adulteradas

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Em Macaé, fiscalização no trânsito não coíbe infração de motos barulhentas, mas o MP pode recomendar novas ações no interior do Estado - Arquivo

Motociclistas podem estar na mira da fiscalização a pedido do Ministério Público, que em breve poderá se estender para o interior do Estado

De noite ou de dia, elas passam por nosso caminho e deixam nosso ouvido marcado. As motos barulhentas são capazes de interromper diálogos e, em alguns casos, deixar o ouvido incomodado. Em Macaé, moradores têm reclamado do barulho das motocicletas que, muitas vezes, são adulteradas e ilegais. Bairros mais comuns de ocorrer esse tipo de prática são Aroeira, na Rua Alcides Mourão; em toda a extensão da Avenida Evaldo Costa, Rua Jonas Mussi; Sol Y Mar; Cavaleiros; Parque Aeroporto; e Lagomar.

A situação fica ainda pior no período noturno, principalmente de madrugada, quando os motociclistas aceleram e trafegam pelas ruas em alta velocidade. Durante o dia, essa prática é muito comum e nenhum órgão fiscalizador coíbe esse tipo de infração, que segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é claro: “conduzir motocicleta com escapamento defeituoso, inoperante, alterado, dá multa grave”. Ainda segundo o CTB, são R$ 195 de multa com 5 pontos na carteira. Mas na prática, a legislação não parece ser efetiva em Macaé.

Na última terça-feira (16), o Ministério Público entrou na luta a favor dos moradores de Niterói contra o barulho de motos com escapamento aberto. O governo do Estado, através do Detran e da Polícia Militar, tem prazo de cinco dias para explicar por que não reprimem a infração, prevista no Código de Trânsito e na lei ambiental, pois o barulho excessivo é prejudicial à saúde. A ação é de Niterói, mas o problema atinge a todos os municípios do Estado do Rio.

O inquérito tem como objetivo apurar a falta de ações das autoridades estaduais e municipais na fiscalização de motoqueiros que adulteram o sistema de descarga das motocicletas, “produzindo, dessa forma, uma acentuada poluição sonora”.

Segundo moradores de Macaé, o problema voltou a crescer com a pandemia, que aumentou o serviço de delivery e, em consequência, o número de motos nas ruas.

Os verdadeiros motociclistas de Macaé não aprovam esta ‘barulheira’, provocada por adulteração no cano de descarga das motos, que chamam de ‘zoeira’. Os infratores certamente desconhecem que, além de incomodar as pessoas, a infração provoca aumento do consumo de combustível.

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