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Omissão: Relato sobre morte na Papuda mostra que patriotas estão sendo deixados para morrer

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Testemunhos de outros detidos, incluídos no relatório, apontam que Cleriston, que estava preso pelo caso do 8 de janeiro, precisou ser reanimado por dois presos – um médico e um dentista

Um relatório da Defensoria Pública do Distrito Federal, divulgado nesta terça-feira (22), traz à tona graves falhas no atendimento médico a Cleriston Pereira da Cunha, falecido na Penitenciária da Papuda. Conforme detalhado no documento, a demora no socorro e a falta de equipamentos adequados marcaram os momentos finais do detento, que sofreu um mal súbito no dia 20 de novembro.

Testemunhos de outros detidos, incluídos no relatório, apontam que Cleriston, que estava preso pelo caso do 8 de janeiro, precisou ser reanimado por dois presos – um médico e um dentista – enquanto aguardava atendimento. A emergência médica foi agravada pela ausência de equipamentos como desfibrilador e cilindro de oxigênio. Além disso, uma médica, quando chegou ao local, dispunha apenas de um estetoscópio e um aparelho de pressão arterial, insuficientes para a gravidade da situação.

O relatório também menciona que Cleriston já havia solicitado assistência médica mais de dez vezes durante sua detenção e enfrentava problemas de saúde como diabetes e cardiopatias. No dia do incidente, um ponto facultativo no Governo do Distrito Federal resultou em menor número de servidores no local, contribuindo para a demora no socorro. A Defensoria Pública destacou ainda as condições precárias e o impacto emocional sofrido pelo detento, longe de sua família.

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