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O cheiro da morte toma conta de Porto Alegre

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No bairro Cidade Baixa, a água invadiu ruas, causando estragos em residências e comércios desde 6 de maio.

Moradores de Porto Alegre enfrentam as terríveis consequências das enchentes que elevaram o nível do Guaíba ao mais alto desde 1941. Nos bairros Menino Deus, Cidade Baixa e Centro Histórico, a água que recuou após a reativação das casas de bombas deixou um rastro de animais mortos e esgoto exposto, impregnando as ruas com um mau cheiro. Katia Toledo, residente do bairro Menino Deus, descreve a situação: “A gente teve que lavar todo o corredor do prédio com água sanitária, detergente e água. Porque ficou mesmo água podre, tinha até minhoca. A gente está vendo rato dentro dos apartamentos térreos, que foram inundados”.

No bairro Cidade Baixa, a água invadiu ruas, causando estragos em residências e comércios desde 6 de maio. O assistente de leilão imobiliário Mateus Marchant teve que sair de casa às pressas: “É muito barro e, de vez em quando, [a gente] vê um peixinho morto jogado assim pela rua”. No Centro Histórico, onde a água atravessou o Muro da Mauá, Nathália Sachett de Lima evita sair de casa por medo de contaminação: “São peixes mortos que estão aparecendo, outros animais, rato, e o cheiro dessa água”.

O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) já recolheu 365 toneladas de resíduos, lodo e entulho. Carlos Hundertmarker, diretor-geral do órgão, afirma que este é “o maior desafio da história” do departamento. Segundo a Defesa Civil, os temporais e cheias no Rio Grande do Sul deixaram 149 mortos, 108 desaparecidos e 806 feridos, afetando mais de 2,1 milhões de pessoas.

Por portal Novo Norte

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