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Nupem comemora 30 anos com série de atividades

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O Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem) completou 30 anos no último 5/6 com solenidades e eventos abertos ao público. Destaque na interiorização das universidades federais, a unidade tem caráter multidisciplinar, fortalecendo a pesquisa em Macaé e na Região dos Lagos.

Francisco Esteves, professor da UFRJ e um dos fundadores do Nupem, relembra o início dos trabalhos em 1983, quando a Universidade se estabeleceu em Macaé com pesquisa e extensão. Onze anos depois, em 1994, o instituto foi enfim considerado unidade com a chegada de cursos como a licenciatura em Ciências Biológicas, Farmácia, Nutrição e Medicina, uma demanda da comunidade local.

Para o professor, a unidade permite que alunos que não teriam a oportunidade de cursar o ensino superior na capital possam se formar em uma universidade de excelência.

“O Nupem pode ser considerado uma unidade modelo não só para o campus Macaé, mas para toda a UFRJ. Uma unidade que constrói de maneira exitosa pontes entre a academia e a sociedade por meio de projetos de extensão”, afirma.

Cíntia Monteiro, diretora do instituto, comemora as três décadas e afirma que a data é um reflexo do sucesso da interiorização em que pesquisa científica, ensino e extensão caminham juntos. “Nesses anos, o Nupem se destacou como pioneiro no estudo científico das lagoas da região de Macaé, tornando a Lagoa de Imboassica uma das mais estudadas do mundo.”

Segundo a professora, o instituto atualmente tem um caráter multidisciplinar que ampliou as áreas de pesquisa para temas como bioinformática, educação em saúde, sociologia, entre outras. “Essa multidisciplinaridade torna o Nupem um instituto único em que diferentes áreas do saber conversam e discutem amplamente os problemas sociais de forma a melhor contribuir para a sua resolução”, explica.

O Nupem também tem se destacado na área biomédica, tendo contribuído consideravelmente no diagnóstico molecular e sorológico da covid-19 em parceria com o município. O diagnóstico, atrelado ao manejo da doença, fez com que Macaé fosse a cidade do Rio de Janeiro com menor taxa de mortalidade.

Para o futuro, Monteiro conta que a unidade pretende ampliar suas atividades a partir da consolidação do Laboratório de Doenças Emergentes e Negligenciadas (Liden), contribuindo com diagnósticos de alta complexidade que não são realizados na região por nenhum laboratório público ou privado. A equipe também vem trabalhando na inauguração do Biomuseu, que atenderá as escolas do município para visitação, além da criação de três novos cursos de graduação em atendimento à demanda regional.

Atividades institucionais e de extensão celebram 30 anos

A comemoração do aniversário do Nupem reuniu a comunidade acadêmica em ações solenes, como a inauguração da galeria de diretores, que contou com a presença de Wellbert Rezende, prefeito de Macaé; Flávia Picon, secretária de ensino superior do município; Maria Fernanda Quintela, pró-reitora de Graduação da UFRJ; e Rodrigo Nunes, ex-diretor do instituto.

A data também foi celebrada com ações de extensão no Bar do Côco, ponto famoso de Macaé, e uma atividade especial para o Dia Mundial dos Oceanos, que recebeu cerca de 8 mil crianças das escolas do município.

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